FACULDADE KURIOS – FAK
DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO CENSU”,
PESQUISA E EXTENSÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA.
GESTÃO
ESCOLAR VERSUS INCLUSÃO.
ANA
MARIA DE JESUS1
RIO
REAL-BA
2015
ANA
MARIA DE JESUS1
GESTÃO ESCOLAR VERSUS INCLUSÃO.
Monografia
apresentada à Banca Examinadora do Programa de Pós-Graduação, Pesquisa e
Extensão, Especialização em Educação Especial /Inclusiva, Faculdade Kurios –
FAK, com requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em
Educação Especial /Inclusiva.
Orientadora:
Coordenadora do curso Regivânia Mara
Fonseca Costa.
RIO
REAL-BA
2015
TERMO DE APROVAÇÃO
ANA MARIA DE JESUS
EDUCAÇÃO
ESPECIAL/ INCLUSIVA
Monografia
apresentada à Banca Examinadora do Programa de Pós - Graduação, ”Latu Sensu”,
Pesquisa e Extensão, Especialista em: Educação Especial/ Inclusiva da Faculdade
Kurios – FAK, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista
em: Educação Especial / Inclusiva.
Monografia aprovada em ______________________ Nota: ______
_______________________________________________________________
Ana Maria de Jesus
Banca
Examinadora:
Regivânia Mara dos Reis Fonseca
Neuro psicopedagoga Orientadora
_______________________________________________________________
Coordenadora do Curso
RIO REAL –
BAHIA
2014
“Estar junto é se aglomerar
com pessoas que não conhecemos. Inclusão é estar com, é interagir com o outro”.
(Maria
Tereza Egler Mantoan)
DEDICATÓRIA
Esse
trabalho é Dedicado em especial aos meus queridos filhos: Jessica Luara de
Jesus Souza que veio ao mundo com o destino de me mostrar que eu tenho mais
força e coragem do que aparento ter, mesmo que o mundo mim faça sofrer ela
estar aqui para ajudar-me a ficar de cabeça erguida, Otto Ney de Jesus Souza,
que mesmo com a minha ausência dentro de casa se transformou em uma pessoa
responsável e capaz de mover sua própria vida sendo capaz até de ser o meu
amparo nos momentos mais difíceis, do modo dele, porém sempre por perto,
Antonio Leonan de Jesus Souza que desde um ano e meio aprendeu a conviver com a
minha ausência sobrevivendo aos dias de distância aproveitando cada momento que
passava junto comigo. A ex- primeira Dama: Maria do Socorro que indiretamente
contribuiu para que eu descobrisse que poderia ser mais que uma simples dona de
casa permitindo-me dar minha contribuição na Educação do Município de Rio
Real-BA, quiçá do Brasil. Jamais, posso esquecer-me de minha mãe que me educou,
orientando-me a professar os valores morais bem como os valores éticos
tornando-os o alicerce da minha vivência, eles foram e são os maiores
incentivadores, sem a base dele (a)s para me sustentar, não teria conseguido
concluir os meus estudos. A orientadora e coordenadora do curso, a professora
Regivânia Mara Fonseca que consegue orientar de tal maneira tornando aquilo que
parece ser difícil se tornar mais fácil e acessível para todos. Aos meus amigos
e colegas de curso que contribuíram direta ou indiretamente para que eu
supervisione minhas atitudes, assim como as ações diárias.
Enfim, aos profissionais da saúde: o
neurocirurgião, Dr. Alberto Silva Barreto, com sua simplicidade fez- me
compreender que com Deus à frente de nossas vidas podemos colocar a “vida”
acima de qualquer coisa; o oncologista, Dr. Venâncio Gumes que mostrou
claramente que enquanto houver um sopro de vida, ainda há esperança, não
devemos desistir de nada, nunca, dentro da profissão que exerce, bem como do
cargo que ocupam me incentivaram a todo o momento a seguir minha jornada
deixando para trás tudo aquilo que não me mantivesse de pé.
AGRADECIMENTO
Agradeço a Deus, que é minha força e base
maior de sustentação nos momentos difíceis da minha vida contribuindo para que
eu ultrapasse os obstáculos mais difíceis, Deus é a minha força maior, até porque
sem ele não sou nada e com ele sou tudo o que quero ser, Deus mim faz acreditar
o quanto é importante continuar, bem como ter esperança.
À
professora Regivânia Mara Fonseca, pela sua capacidade como orientadora,
dando-me apoio, compreensão, nas minhas dificuldades, fazendo- me compreender
que o trabalho de elaboração dessa monografia é um caminhado de prazer, bem
como de consolidação da aprendizagem.
A
todos os professores do Curso de Especialização em Educação Especial /
inclusiva que introduziram, aprofundaram, assim como consolidaram conhecimentos
favoráveis a aprendizagem tornando-me consciente da ótima escolha que fiz ao
iniciar essa especialização, a qual é parte integrante da minha profissão, bem
como da minha vida, assim como do amor e afinidade que tenho pela Educação
Especial/ inclusiva , no processo de construção do conhecimento formal.
Tais
agradecimentos, não seriam completos se não deixasse aqui aos menos o pré -nome
daqueles que me fizeram escolher essa especialização: Em primeiro ligar,
Jéssica, Diego, Bruno, Gilssiane, José, Caíque, e tantas outras crianças com
Necessidade Educacional Especial, que conduziram – me para uma condição
particular de interação entre a pessoa com deficiência, bem como a pessoa com
necessidade educacional especial.
RESUMO
A
especialização em Educação Especial/ Inclusiva contém atributos que concebem a
competência de Interatuar com o outro, perceber como o outro se relaciona com
as suas próprias dificuldades, assim como vencer os preconceitos, do mesmo modo
valorizar as suas potencialidades, mediante reflexões diretamente ligadas a
ação da escola, bem como da família e da sociedade em geral, em detrimento da
Pessoa com Necessidades Educacionais Especiais suplantadas em experiências
vivenciadas. O modo como essas pessoas se comunicam, assim como deixam
transparecer os conhecimentos prévios. Visto que as políticas públicas, ainda
são negligenciadas, e mesmo sabendo que o professor (a) é quem tem que intervir
pedagogicamente. Entretanto, não lhe é conferido (a), ao educador (a), a
responsabilidade de oferecer atendimento especializado, sendo-lhe cabível reger
a classe e mediar conhecimentos espontâneos, bem como facilitar a compreensão
dos conteúdos programáticos, até porque é notória a formação continuada do
professor (a), agrupada a família congregando a criança, tal qual o adolescente
no Sistema Regular de Ensino, em especial, nas Escolas Públicas.
Palavras – chave:
Inclusão pedagógica, pessoa com ou sem deficiência
ABSTRACT
The specialization in Special Education / Inclusive
contains attributes that conceive of competence Interact with each other, to
see how the other relates to their own difficulties, and overcome prejudices,
likewise enhance their potential by reflections directly linked to school
action as well as the family and the society in general, to the detriment of
Persons with Special Educational Needs supplanted in life experiences. How
these people communicate, and betray the prior knowledge. Since public policy,
are still neglected, and even though the teacher (a) is the one who has to
intervene pedagogically. However, you are not given (a), the educator (a) the
responsibility of providing specialized care, but it's appropriate governing
class and mediate spontaneous knowledge and facilitate understanding of the
syllabus, because it is notorious training continued teacher (a) grouped the
family bringing the child, like the teen in the Regular Education System, in
particular in the Public Schools.
Key
- words: educational
inclusion, people with or without disabilities
SUMÁRIO
CAPITULO
I
1 – INTRODUÇÃO_____________________________________12
1.1 - A ESCOLA COMO MENTORA DA DIFUSÃO
DA ACESSIBILIDADE ____________________________________15
1-2 JUSTIFICATIVA ___________________________________17
1.3 – OBJETIVO______________________________________18
1.4- OBJETIVOS
GERAIS_______________________________18
1.5 –
ESPECÍFICOS____________________________________18
CAPITULO II
2 - FAMÍLIA: EIXO GERADOR DAS
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM______________________________________19
2.1-
RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA COMO PRÁTICA DE APERFEIÇOAMENTO _________________________________23
2-2
FORMAÇÃO CONTINUADA DO (A) PROFESSORE (A) S__24
CAPITULO
III
3.1 - AUTISMOS (TRANSTORNO DE
DESENVOLVIMENTO)___27
3.2 - DIAGNÓSTICO DO ESPECTRO AUTISTA _____________28
3.3 - BAIXA VISÃO/CEGUEIRA__________________________29
3.4 – DISLEXIA______________________________________29
3.5 - SURDO CEGUEIRA ________________________________31
3.6 - DEFICIÊNCIA
VISUAL_____________________________31
3.7 - DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS E ALTAS
HABILIDADES____32
3.8 - DEFICIÊNCIA MENTAL ____________________________32
3.9-TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E
HIPERATIVIDADE (TDAH) ______________________________32
3.10 - EDUCAÇÃO ANTI-
RACISTA_______________________34
CAPITULO IV
4.0 - PRINCÍPIOS DE AVALIAÇÃO INCLUSIVA:
ensino por competência x qualificação____________________________36
4.1 - ADEQUAÇÃO CURRICULAR DE PEQUENO E
GRANDE PORTE: aportes na educação especial inclusiva__________38
4.2 - POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO
ESPECIAL INCLUSIVA; _________________________________________41
4.3 - GESTÃO ESCOLAR: APORTES NAS
ADEQUAÇÕES CURRICULARES INCLUSIVAS__________________________42
CONCLUSÃO________________________________________44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA________________________47
1
- INTRODUÇÃO
As pessoas com deficiência, durante muitos
anos, foram isoladas em suas casas, não por opção, mas sim por imposição da
sociedade da época bem como, pela família que gerava dentro de casa o
preconceito e impunham uma discriminação considerando inúteis e incapazes de
assumirem suas próprias responsabilidades assim como responsabilidades sobre
tudo e qualquer coisa a sua volta. Raras vezes era possível ver pessoas com
deficiência saírem de casa, sozinhos, ou até mesmo dos arredores de suas casas,
até mesmo acompanhados. Para saber se havia naquele local, alguém com
deficiência era preciso ser íntimo da família ou chegar de surpresa , caso
contrário, a pessoa era retirada da sala, ou escondida em um quarto, de modo a
não ter contato com o visitante.
Muitas são as histórias contadas sobre
famílias que os abandonavam a pessoa com deficiência, a própria sorte. Pessoas
descriminadas se sentem diminuídas, menosprezada, em se tratando de crianças
era muito mais complexo, pois é algo que inculturado. A criança a principio não
se sente diferente, os adultos é que aos poucos vão tornando-as diferente
isolando-as.
As crianças que nasciam com deficiência
eram escondidas ou quando não eram escondidas eram abandonadas, pois era
considerada, como um castigo para a família, uma expiação dos pecados. Eram
menosprezadas, o que é muito triste, principalmente, quando lhes vêem como
diferente e sem valor, expressões como:” você não e bonita”, “você não é
importante”, não tem nenhuma qualidade” ,” seus cabelos não são lisos”etc. leva
a consequências i que pode-se dizer: irreversíveis e dolorosas. Expressões desse tipo, quando
são constantes leva a pessoa a se convencer de que realmente não é capaz. A condição de pertencer a um grupo
ou está com uma necessidade educacional especial padroniza as qualidades
individuais e as diferenças.
Imagens ou comportamentos, como prática de
preconceito legitima a exclusão organizada, sendo que as manifestações são
perspicazes tendo papel bem definido,
caracterizado no agir discriminatoriamente, porém atribui-se aos costumes e
tradições culturais.
Apesar
de tantos estudos sobre acessibilidade e sua obrigatoriedade em prédios
públicos ainda não se estendeu até as ruas, praças e avenidas.
O cadeirante ou pessoa com mobilidade
reduzida tem muita dificuldade para se deslocar de um ponto para outro
especialmente nas cidades do interior devido a não urbanização das ruas, tais
como: calçamentos com paralelepípedos, calçadas cheia de ondulações, escadas
com degrau muito estreito, onde existe uma rampa é revestida com piso de
cerâmica impossibilitando o deslocamento do individuo da sua residência até a
instituição de ensino e aprendizagem, sem o apoio de um acompanhante. Essas
limitações afetam não só crianças, mas também idosos, assim como pessoas com
carrinhos de bebê.
As
responsabilidades da manutenção de logradouros públicos dependem da ação dos
poderes públicos, tais como: executivo, legislativo, bem como do judiciário, a
exemplo das calçadas a manutenção é dos donos, porém a fiscalização depende dos
poderes públicos. Vejamos a seguir, alguns exemplos de logradouros públicos que
tentam passar para a população a sensação de acessibilidade, tais lugares
requerem uma reflexão urgente.
Figura 1: ruas que dão acesso a Escola
Estadual DR. José Carvalho Baptista- Rio Real - BA.
Figura: 2 via pública
Figura 3: calçada ao lado de uma escola pública.
Naturalmente que os problemas que afetam a
realidade social, requerem transformações sociais conceituais. Entretanto, para
que ocorra essas modificações, é necessário a implementação de políticas
públicas voltadas para o sentido de que as pessoas com limitações de locomoção
são na sua maioria inteligentes e capazes de prover o seu sustento, se a
sociedade estivesse pronta para recebê-los.
1.1 - A ESCOLA COMO MENTORA DA DIFUSÃO
DA ACESSIBILIDADE
As instituições de ensino e aprendizagem
aparentemente demonstram difundir a acessibilidade, entretanto as
circunstâncias imbricadas são razoavelmente complexas. A forma de administração
adotada se transformou em um instrumento de interferência política em que as
práticas utilizadas na execução dos regulamentos serve como meio indireto na
alteração dos métodos dentro das
escolas.Salientando as ações dirigidas as pessoas com necessidades educacionais
especiais, visto que os emendes das demandas
afetam direta e indiretamente a
curto e longo prazo
A
divisão de responsabilidades implica em influenciar os indivíduos para fazer as
adaptações, tanto fora das escolas, como dentro delas. Habitualmente se
enfrenta situações facilmente identificáveis pertencentes a práticas sutis de acessibilidade,
porque se sabe que não basta colocar um pedaço de rampa, aqui ou ali, não basta
colocar um corrimão em pontos estratégicos se as mudanças não fizerem parte da
objetivação da sociedade. Na verdade tornou-se regra se dizer que o (a)s
educadores não estão preparados para receber a criança com necessidade
educacional especial no ensino regular, entretanto a sociedade em geral também não
está. Os equívocos cometidos, os dolos ferem todo desejo de ascensão,
continuamente se comete erros de caráter moral arraigado por um discurso polido
que, no entanto ferem a dignidade bem como moral, da pessoa com Necessidade
Educacional Especial.
Segundo
Saviani, (1995, p.5).
“O
trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente em cada
individuo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo
conjunto dos homens. Assim, o objeto da educação diz respeito, de um lado à identificação
dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da
espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado e concomitante,
à descoberta das formas adequadas para atingir esse à descoberta das formas
mais adequadas para atingir esse objetivo.
Concomitante com os pressupostos teóricos de
Saviani leva-se a compreender as Observações recentes mostram que no contexto
escolar jazem fortes indícios de que a acessibilidade é um processo longo,
visto que a acessibilidade não se restringe a pessoa com deficiência
patologicamente diagnosticada por profissionais da área da saúde, existem
necessidades educacionais especiais que somente um profissional da área da
educação que tenha um convívio diário com a criança pode detectar e desenvolver
uma prática pedagógica que corresponda cada situação especifica, entretanto
para que ocorra o diagnóstico é necessário que o profissional olhe o individuo
de um ângulo especial e diferente do processo avaliativo habitual intrínseco as
práticas pedagógicas.
2 - JUSTIFICATIVA
Tendo definido a obrigatoriedade de uma
educação inclusiva na rede regular de ensino pressupõe uma instituição de
ensino onde todos possam participar assegurando o direito à acessibilidade, bem
como entendendo a legislação como sendo relevante, pois caso as pessoas se
decidam acompanhar a execução das leis é possível que se tenha uma sociedade menos problemática. A partir da
conscientização e da compreensão da legislação, bem como da política nacional
para a Educação Especial Inclusiva, (EEI), visto que a sociedade sabe que a
legislação existe, no entanto, continua cometendo erros abomináveis. É fácil dizer: eu não tenho preconceito, eu
não discrimino, porém quando se vê diante de situações em que envolve o coletivo
e dentro deste coletivo há uma situação que carece de uma ação inclusiva se
percebe a dificuldade, principalmente quando existe uma posição de confronto
entre a legislação e o que realmente acontece.
Ao se propor que uma criança com necessidade
educacional especial participe, por exemplo: de uma apresentação no teatro da
escola, ou quiçá uma criança negra fazendo um papel de anjo, são inúmeras as
caras e as bocas que será possível observar.
Por esse e tantos outros motivos é que este
trabalho de pesquisa cientifica esta direcionada, tanto para as ações
escolares, como para as práticas sociais e a legislação vigente no Município de
Rio Real- BA, assim como, em tantos outros lugares do Brasil.
A ênfase na metodologia relacionada à
Educação Especial/Inclusiva é objetivada nas individualidades e no respeito aos
aspectos cognitivos relacionados às fases do desenvolvimento abordados por Jean
Piaget, (1972, p.6 a) Estatuto da Criança e do Adolescente, Título II dos
Direitos fundamentais, José Carlos Libânio (2004, p.227), Lei nº 10.639, de 9
de janeiro de 2003,que altera a Lei nº9.394,de 20 de dezembro de 1996( LDB) Lei
de Diretrizes e Bases da Educação.
1- OBJETIVOS
1.1- OBJETIVOS GERAIS
Analisar as políticas públicas relacionadas
a execução de ações intrínsecas a Educação Especial/ Inclusiva, bem como a
práxis pedagógica na escola e a formação do(a) professor(a), como sendo de
relevância para a comodidade da família, assim como da família, de modo a
embasar a pesquisa cientifica nas adaptações curriculares, tal qual a estrutura
física da escola e do seus arredores, assim como as relações socioprofissionais,
como sendo papel importante na formação cidadã da pessoa com Necessidade
Educacional Especial , direcionando o ser e desenvolvimento para a reflexão sobre o que é necessário para
o seu próprio bem estar, bem como do bem estar do seu semelhante.
1.2 - ESPECÍFICOS
Ø Associar
práticas inclusivas nas instituições de ensino;
Ø Validar
leis de inclusão social dentro e fora da escola,
Ø Buscar
subsídios facilitadores das ações dentro do espaço da sala de aula;
Ø Valorizar
a pessoa com Necessidade Educacional/ Especial;
Ø Refletir
sobre a trajetória da educação especial no Brasil e no mundo;
Ø Registrar
modelos de inclusão pertinente a instituição de ensino regular;
Ø Verificar
como as adaptações pedagógicas são instituídas dentro e fora da sala de aula;
Ø Nortear
educando, bem como educadores (as) sobre o acompanhamento especializado, assim
como seus entraves;
2- FAMÍLIA: EIXO GERADOR DAS
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
A família como agregação social, ostenta ou
abdica papéis e socializações dos seus membros, como resposta, as necessidades
pertencentes. Para Serra (1999), a família tem como função primordial, a de proteção,
dar apoio emocional para a resolução de problemas e conflitos. Apesar “de o
termo “família ser derivado do latim “famulus”, que significa” escravo
doméstico”, também esta baseada nos laços de sangue a qual é denominada família
natural. Concomitante com o artigo 25; seção II, do Estatuto da Criança e do
Adolescente, entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou
qualquer deles e seus descendentes. Daí pode-se dizer que o individuo está aliciado
à família em qualquer que seja as circunstâncias. Nesse caso se pode dizer que
não é incomum que a família proteja a criança com necessidade educacional
especial, às vezes de tal modo que acaba isolando o individuo do mundo a sua
volta, em alguns casos por considerar frágil e incapaz de tomar decisões
próprias.
A
proteção exagerada da família acarreta problemas tanto para o indivíduo, como
para as pessoas a sua volta, é possível encontrar casos em que familiares isola
a pessoa com necessidade educacional especial da sociedade a sua volta, não por
medo ou por descriminação, mas por medo de perder o BPC (Beneficio de Prestação
Continuada da Assistência Social) que é um auxilio do governo federal.
De acordo com a Lei Federal
de 1988 e regulamentado pela Lei orgânica da Assistência social (LOAS), Lei nº
8.742, de 7/12/2011 e nº 12.470, de 31/08/2011, que alteram dispositivos da
LOAS e pelos Decretos nº 6.564, de 12 de setembro de 2008,a pessoa com
necessidade especial que não pode prover o seu sustento nem tê-lo fornecido
pela a sua família.
O BPC é um beneficio da Política
de Assistência Social, que integra a proteção Social Básica no âmbito do
sistema único de Assistência Social- SUAS e para acessá-lo não é necessário ter
contribuído com a previdência social. É individual e intransferível, não é
vitalício, que assegura a transferência mensal de 1(um) salário mínimo ao
idoso, com 65( sessenta e cinco ) anos ou mais , e a pessoa com deficiência ,de
qualquer idade , com impedimentos a longo prazo , de natureza física, mental ,
intelectual ou sensorial, os quais , em interação com diversas barreiras ,
podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas . em ambos os caos , devem comprovar não
possuir meios de garantir o próprio sustento, nem tê-lo provido por sua família
. A renda mensal familiar per capita deve ser inferior a ¼ (um quarto) do
salário mínimo vigente.
Portanto, não há porque membros da família
da pessoa com necessidade especial deixarem de
trabalhar para viver por conta deste beneficio, ou deixam de procurar a ajuda
de profissionais orientadores, psicólogos, médicos , terapeutas,etc., acreditando que se a pessoa com necessidades
especiais apresentar alguma melhora, irá perder o beneficio repassado pelo
governo , o que não é diferente com relação a escola.
Após pesquisa informal com familiares ficou
comprovado que não existe nenhum interesse em fazer com que essas pessoas
tenham acesso ao ensino cientifico.
Ainda é comum,
principalmente nas cidades do interior encontrar pessoas com necessidades
especiais morando de frente a escola, porém não freqüenta esta escola. No
entanto, de acordo com LOAS. O desenvolvimento das competências cognitivas,
motoras ou educacionais bem como a efetivação de atividades não recompensadas
de capacitação, dentre outras, não constitui agente de suspensão ou cessação de
beneficio da pessoa com deficiência.
Observa-se
que os familiares não aceitam que outras pessoas tenham contatos com essas
pessoas colocando-os atrás de murros altos e portões bem fechados, de modo que
Ele (a)s fique exclusivamente em contato com a família. Há casos em que se
tornam violentos e incapazes de ter uma convivência social, por imporem a essas
pessoas situações de total exclusão social.
Há uma percentagem muito pequena
freqüentando a escola.
A escola enfrenta dificuldades, por exemplo:
no momento de identificar dificuldades de aprendizagens veiculadas a patologias
que não são especificas e que estão fora dos padrões normais de diagnósticos
médicos, como por exemplo: Dislexia que por ser uma dificuldade especifica de
aprendizagem, ao contrário dos termos gerais de deficiência, não é possível obter
um diagnóstico médico, com exames simples. É preciso um acompanhamento
especializado. É nesse momento que a família tem um papel primordial. No
entanto, o excesso de zelo tem atrapalhado o trabalho pedagógico de alguns
profissionais que por sua vez entende que a necessidade de dar liberdade de
ação é um dos fatores preponderantes para que se alcancem os objetivos
propostos para a educação inclusiva. A família na maioria dos casos não
acredita que a pessoa com necessidades especiais, seja capaz de efetivar
tarefas comuns do dia a dia, não deixa que eles encontrem seus próprios meios
para executar tarefas simples, como: beber água, segurar o lápis ou até mesmo
ir ao banheiro. No entanto, a maioria das escolas não está preparada para
receber as crianças e adolescentes com necessidades especiais, principalmente
quando não portam uma declaração ou relatório médico específico
Estreitar a relações pessoais entre a família
e/ou responsáveis e os membros da comunidade escolar possibilitara uma
convivência baseada na confiança para que sejam efetivadas as políticas
públicas adequadas ao desenvolvimento psicopedagógicos da pessoa com
necessidade especial educacional. Quando as condições dignas de desenvolvimento
pode-se afirmar que não é somente a escola que propiciará e sim a parceria escola/família/comunidade.
Até porque o desenvolvimento integral do individuo depende de todo o contexto
social, tanto escolar, como comunitário. De acordo com o artigo 7º, do Estatuto
da Criança e do Adolescente, Título II dos Direitos fundamentais, capítulo: I. A criança e o adolescente
têm direito a proteção á vida e a saúde, mediante a efetivação de políticas
sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e
harmonioso em condições dignas de existência.
Mediante a complexidade das relações entre
família e comunidade escolar é que se tem a necessidade de conhecimentos
técnicos específicos quando da assistência do individuo com necessidades
educacionais especiais e dos procedimentos necessários as suas especificidades.
Até
porque o artigo 33, da ECA, subseção II, a guarda obriga à prestação de
assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo
a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.
Subentende-se que a instituição escolar como detentora do poder de transmitir saberes
técnicos científicos tem a obrigação de prover todo o suporte necessário, para
que a criança e/ou adolescente com Necessidade
Educacional Especial tenha todo apoio necessário para o desenvolvimento pedagógico
quando por ocasião de idade escolar, visto que durante o horário escolar a
criança e/ ou adolescente está sob a tutela
da instituição de ensino regular,seja esta instituição privada , pública, bem
como especializado.
No decorrer do tempo de
permanências na escola a pessoa com deficiência tem o direito constitucional
garantido na ECA, na seção IV (da Assistência Social, Art. 203. IV) a
habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção
de sua integração à vida comunitária. Desse modo, fica evidente a participação
da instituição escolar, pois é interagindo com outros iguais ou não que o
individuo se descobre e descobre o outro. Para isso, a escola precisa ser
inclusiva, bem como liderar as relações pessoais estreitando laços afetivos e
profissionais.
A comunidade escolar se
depara com dificuldades no momento de romper com paradigmas tradicionais até
porque a família não esta se preparando para receber nenhum atributo que não
esteja nos padrões normais e estão transferindo as próprias responsabilidades
para a escola.
Entretanto, quando se refere à educação, seja
ela especial ou não, a influência da família, bem como do contexto social é
determinante para o desenvolvimento da criança. O excesso de zelo, ou a falta
dele, estabelece limites a escola, bem como ao professor (a), que na maioria
das vezes ao invés de ajudar, prejudica.
Do mesmo modo fica claro que
o despreparo dos profissionais da educação contribui para a situação calamitosa
que leva a incômodos atribuídos somente à criança.
O sistema regular de ensino
passou a ser um concorrente para a educação informal. Conforme se observa são
facções familiares que tem a concepção de que a criança que supostamente não
tem dificuldade não pode faltar a escola enquanto que aquela que visivelmente
possui uma deficiência não precisa ir a escola.
2 - RELAÇÃO
FAMÍLIA E ESCOLA COMO PRÁTICA DE APERFEIÇOAMENTO
A relação da família com a instituição
escolar necessita ir além das reuniões formais, onde as mães e responsável
dificilmente algum pai apenas ouve o que seus filhos aprenderam ou deixaram de
aprender. Em geral essas pessoas já chegam com um olhar temeroso, já se
preparando para determinar qual a penalidade irá impor para seu filho, por isso
é essencial que a escola mantenha uma relação de confiança, apesar de usufruir
de uma autoridade imposta pelo sistema, conforme a intenção a que se destina ,
bem como a circunstância, a restrição nas palavras é benéfica para que se possam
extrair informações que auxilie na identificação de hábitos familiares
prejudiciais ao desenvolvimento da criança. A intensificação com que acontece o
intercâmbio entre a família e a escola.
De acordo com Leviatã Hobbes
II, (ibedem), João Paulo Monteiro etal, (1651, p. 203):
E, porque a primeira
instrução das crianças depende do cuidado dos pais, é necessário que elas lhes
obedeçam enquanto estão sob sua tutela, e não apenas isto, mas que também mais
tarde (como a gratidão o exige) reconheçam os benefícios de sua educação através
dos sinais externos de honra.
Concomitante com Hobbes a educação informal
da criança é responsabilidade dos pais, assim como a educação formal é da
escola. Entretanto, seja a educação formal, bem como a educação informal
somente irá acontecer de verdade se ambos os lados se identificarem como
agentes formadores de cidadãos, sendo que nenhuns dos lados podem abdicar dos
seus direitos e dos seus deveres em detrimento do outro. Não existe nenhuma razão que justifique a
renuncia de responsabilidades por ambas as partes envolvidas no processo educacional.
Visto que a autoridade dos pais precisa estar vinculada a autoridade do (a)s educador
(a)s.
Os meios, assim como os instrumentos utilizados
para educar uma criança depende do agente atuante em determinado momento, mesmo
porque, a criança age de forma diferente quando esta em grupo do que quando
esta sozinha. A ação é atenuada quando esta sozinha, quando em grupo a ação
tende a se acentuar. Ainda que as causas e os motivos tornem evidente a razão
pela qual a ação se concretizou. O (a) educador (a) tem a oportunidade de
descobrir aspectos minuciosos, quando por ocasião da vivência coma diversidade
de opiniões, esses aspectos não são visíveis, quando a criança esta sozinha com
os pais e familiares.
2 .2-
FORMAÇÃO CONTINUADA DO (A) PROFESSORE (A)S
Para adentrar na instituição de ensino
regular a pessoa com Necessidade Educacional Especial está alicerçada no
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bem como na Constituição Federal, (artigo53,
Artigo 39. Seção II, inciso 2º, Constituição Federal, entretanto a escola escolhida para receber este
educando, bem como o profissional da educação estão preparado para recebê-lo?É
o que se espera , entretanto não é o que acontece rotineiramente, seja ele(a) ,
professor(a), gestor(a), secretário(a)s e auxiliares de serviços gerais bem
como o pessoal de apoio, há uma linha tênue. Quando por ocasião da necessidade
de um (a) auxiliar de classe são colocados pessoas que estão iniciando a
formação ou que estão esperando a aposentadoria
sendo que estão ali somente para
cumprir carga horária de trabalho, no
primeiro caso existe o medo de errar por parte deste profissional ou a desculpa
de que não está preparado para lidar com a situação, enquanto que no segundo caso,
já não se interessa mais pela carreira, tampouco esta disposto a se desgastar psicologicamente,
deixando as responsabilidades a cargo da (o) professora (o)r regente da classe
sobrecarregando o trabalho pedagógico. (redação
dada pela emenda constitucional nº19, de 1998) -
A união,
os estados e o distrito federal manterão escolas de governo para a formação e o
aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos
cursos um dos requisitos para a promoção na carreira facultada, para isso, a
celebração de convênios ou contrato entre os entes federados.
Configura,
assim, que a formação continuada não esta somente a cargo do próprio profissional,
mas também do Estado, assim como dos Municípios, visto que os agentes da
educação são responsáveis pela permanência do educando na instituição escolar
do ensino regular.
A
reflexão de José Carlos Libânio (2004, p.227) indica que:
[...] é condição para a
aprendizagem permanente e para o desenvolvimento pessoal, cultural e
profissional de professores e especialistas. É na escola, no contexto de
trabalho, que os professore (a)s enfrentam e resolvem problemas, elaboram e
modificam procedimentos, criam e recriam estratégias de trabalho e, com isso
vão promovendo mudanças pessoais e profissionais.
Entretanto é pertinente abordar a necessidade
de outros profissionais da instituição escolar, tais como: merendeiras,
porteiros, auxiliares de serviços em geral, façam parte da formação continuada,
principalmente quando se trata da relação com o educando com NEE (Necessidade
Educacional Especial). Visto que, a formação continuada do profissional da
unidade de ensino constitui uma condição que necessita ir além do educador (a),
ate por que este educando dentro da unidade escolar é de responsabilidade de
todos, não sendo somente do professor (a), porque ele não vai estar
necessariamente somente dentro da sala de aula, ele (a) vai estar se possível
em todo o espaço da escola.
Os
conhecimentos técnicos e pedagógicos são pertinentes na identificação da necessidade
educacional especial, até porque no momento de planejar a aula o (a) educador
(a) precisa estar ciente da ação dentro da sala de aula. Mesmo sabendo que nos 4 anais do I Simpósio
Internacional de Estudos sobre a deficiência – SEDPcD / Diversistas/ USP- São
Paulo. Depois de promulgada as Leis da ABNT NBR estão congregadas como
parâmetro técnico a ser, obrigatoriamente, satisfatório e acatado:
II
– colocar á disposição de professores, alunos, servidores e empregados
portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida ajudas técnicas que
permitam o acesso às atividades escolares e administrativas em igualdade de
condições com as demais pessoas:
III
- seu ordenamento interno contém normas sobre o tratamento a ser dispensado a
professores, alunos servidores e empregados portadores de deficiência, com o
objetivo coibir e reprimir qualquer tipo de discriminação, bem como as
respectivas sanções pelo descumprimento dessas normas.
§2º
As edificações de uso público e de uso coletivo referido no, já existente s,
tem respectivamente, tem prazo de trinta (30) e quarenta e oito (48) meses, a
contar da publicação deste Decreto, para garantir a acessibilidade de que trata
este artigo (0BRASIL. 2004: 8).
Não é o que acontece no dia a dia das escolas,
apesar de no artigo II, garantir a ajuda técnica, os alunos são colocados na
sala de aula sob a responsabilidade de professore (a)s e coordenadores, nem
monitores (quando há na escola), nenhuma pessoa que não seja a professora (o)
responsável pela turma a qual esta inserida aquela criança quer tomar
conhecimento das responsabilidades para com a pessoa com deficiência, já no que
se refere o artigo III, as normas são descumpridas diariamente e o profissional
que resolver cumpri-las é hostilizado, e sofre sanções dentro da própria
instituição.
Quanto ao artigo III, os logradouros, bem
como as edificações de uso público, não estão respeitando devidamente a
garantia à acessibilidade, não existe uma fiscalização adequada.
Sendo que, as metodologias adotadas enfocam a
coordenação dos afazeres , bem como o processo de ensino, assim como da
aprendizagem, das caracteres prevalecentes contemplados no momento das
intervenções pedagógicas.
Até porque, a prática pedagógica tradicional
é marcante na maioria dos trabalhos pedagógicos em sala de aula e dada as
circunstancia que envolve a educação inclusiva a associação com metodologias
pedagógica, como: trabalho em grupos homogêneos ou mistos, dentro e fora do
ambiente da sala de aula, a distribuição das carteiras em circulo ou semi-
circulo, bem como atividades que envolva a psicomotricidade, são elementos
atrativos para o(a) educando(a). Visto que as atitudes e expectativas, na visão
periférica da pessoa com necessidade educacional especial maximizam as
limitações do profissional educacional envolvido no processo de atendimento
especial.
3.1 - AUTISMO (TRANSTORNO DE
DESENVOLVIMENTO)
Segundo Dra. Evelin Vinocus, 50% dos fatores
que contribuem para\ o desenvolvimento do autismo é genético, entretanto os
outros 50% é provocado por fatores externos, influenciado pelo contexto social
e cultural, no qual a criança esta inserida.
Os principais sintomas do autismo é a
agressividade, ansiedade, problemas de atenção, compulsões extremas,
hiperatividade, impulsividade, irritabilidade, alterações de humor, surtos,
dificuldades para dormir e ataques de raiva, não faz amigos, não participa de
jogos interativos, prefere ficar sozinho, apresenta falta de empatia, manter os
objetos bem arrumados e sequenciados, manter uma rotina ininterrupta, bater com
um objeto no mesmo lugar e constantemente, problemas sociais de comunicação.
Na existe um tratamento especifico para a
pessoa com espectro autista, os medicamentos amenizam, mas não curam.
Entretanto, o conhecimento dos sintomas aliado a atividades especiais, principalmente,
atividades atrativas, através das quais a pessoa com NEE, mais gosta. A pessoa
cuidadora, responsável pela pessoa com Espectro autista precisa manter o
equilíbrio emocional, assim como a (o) professor (a). A observação diária é um
grande aliado no direcionamento das atividades diárias.
Dentro de uma sala de ensino regular , quando
o educando persistir em reproduzir o mesmo movimento continuo significa que
alguma coisa ou objeto , não esta dentro dos padrões que ele considera normal,
perguntas não irão dar um bom resultado, é interessante interpretar os gestos,
os olhares e com cuidado ir colocando tudo no devido lugar.
3.2 - DIAGNÓSTICO DO ESPECTRO AUTISTA
O espectro autista é diagnosticado quando a
criança apresenta no mínimo seis (6) dos sintomas específicos. É comum entre os
educando com espectro autista revelar aptidão pela alfabetização em língua
portuguesa, ou pela matemática, dificilmente seguirão as duas ao mesmo tempo.
Diante das dificuldades ele se julga incapaz, por isso, acaba desistindo com
muita facilidade. Daí, a necessidade da percepção minuciosa do (a) educador
(a). Pois a pessoa com NEE, do Espectro Autista são habilidosos e inteligente
em áreas especifica.
3.3 - BAIXA VISÃO/CEGUEIRA
A baixa visão faz parte dos fatores que
contribuem para as dificuldades de aprendizagem. Normalmente quando a criança
adentra a escola sem apresentar supostamente, nenhuma dificuldade visual, até
que se descubra que a dificuldade visual esta interferindo na aprendizagem, se
perde muito tempo, principalmente quando a criança vem de um contexto social e
cultural , menos beneficiado, não obstante a atenção dispensada a criança nas
series iniciais do ensino regular de ensino não pode estar voltada somente na
alfabetização e letramento, o descaso da criança em aprender, a roca de letras,
a inversão de letras, desenhos distorcidos, dificuldades em direcionar objetos
principalmente em jogos que exigem coordenação visomotora. Ao se colocar o
educando em locais específicos da sala de aula, como: a frente, ou atrás e
mesmo assim ele (a) continua sem se interessar pela escrita e pela leitura é
sinal de algo não esta bem. A parceria entre: gestão escolar, coordenação
pedagógica, psicopedagogo bem como o (a) educador (a) são importantes para a
conscientização da família para fazer o encaminhamento da criança ao
profissional especifico para o uso de lentes de correção (óculos). Enquanto que
quando ocorre a perda total da visão, no enfoque educacional, o individuo
necessita do acompanhamento de um profissional que o auxilie na aprendizagem.
Como: leitura e escrita em Braille equipamentos especiais para alfabetização e
letramento.
3.4 - DISLEXIA
A Dislexia é uma alteração na aprendizagem da
leitura pela dificuldade no reconhecimento entre os símbolos gráficos e os
fonemas, assim como na transformação de signos escritos verbais intercalado com
a dificuldade de aprender, podendo ser causado por lesão do sistema nervoso
central, apresentada por pessoa que sabia ler. Confundindo-se com
características de vários outros fatores que dificultam a aprendizagem, como:
ü Déficit
de atenção;
ü Hiperatividade;
ü Dispraxia;
ü Discalculia;
ü Disgrafia.
Visto
que mesmo se assemelhando, não estão correlacionadas entre si.
Podendo
ser classificada em:
Dislexia
disfonética- dificuldade de percepção auditiva troca de fonemas e grafemas por
outras similares;
Dislexia
diseidética- dificuldade visual, bem como na percepção gestáltica;
Dislexia
visual- deficiência na coordenação visomotora;
Dislexia
auditiva- deficiência na percepção auditiva, memória auditiva e fonética que
provoca uma dificuldade no processo do som das sílabas.
Segundo
Jean Dubois (Ibeden), a dislexia é caracterizada pelo defeito de aprendizagem
que não é caracterizada como doença, mas como um distúrbio do ensino e da
aprendizagem.
Podendo
ser classificada também, como: primaria ou genética, secundaria ou em
desenvolvimento.
Os
sintomas mais visíveis:
óDesordem na leitura de palavras;
óDesordem na fluência de
leitura;
óDesordem na compreensão da
leitura;
óDesordem na expressão
escrita;
óDesordem no cálculo
matemático;
óDesordem na resolução de
problema de matemática.
Não é porque o educando apresente essas
dificuldades que já se pode identificá-lo como dislexo é relevante observar
todos esses sintomas, entretanto a prática pedagógica pode também ser marcante
no desenvolvimento dessas dificuldades. É relevante que o professor (a)
alfabetizador (a), tenha um olhar minucioso voltado para a criança que
apresentar um desses sintomas, diversificando a metodologia, de modo que se
observe se o sintoma desaparece ou se acentua ao passo que vai fazendo as
avaliações através da observação e registro diário.
3.5 - SURDOCEGUEIRA
A surdocegueira está ligada a pessoa com
perda total da visão, bem como da audição, a melhor forma de se manter uma
comunicação é com o contato físico. Na sala de aula do sistema regular de
ensino a (o) professor (o) regente da classe precisa ser apoiado por um
profissional habilitado, caso contrário não haverá aprendizagem significativa. A
adaptação curricular bem como a arrumação do mobiliário faz parte do dia a dia
da sala de aula que recebe uma pessoa com surdocegueira, assim como as relações
interpessoais, sendo que a relação, educando/ educando/ professor (a)/
educando.
3.6 - DEFICIÊNCIA VISUAL
Pode ser considerada, como: perda total o
parcial do campo visual.
O posicionamento na sala, a disposição do
mobiliário e materiais, como: dados sonoros, bola de guizo, letras e palavras
ampliadas, objetos concretos de modo que o (a) educando possa manuseá-los, todo
o conteúdo deve ser tátil de modo que a pessoa com NEE possa visualizar com
mais facilidade e possa manusear.
3.7 - DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS E ALTAS
HABILIDADES
O que Se constata na escola pública contraria
todo o conjunto de intenções cientificas direcionada para a pessoa com NEE, a
intencionalidade explicita uma perspectiva de resolução de problemas,
entretanto se sabe que os sinais perceptíveis não são prova para sustentar a
falta de habilidade. Muitos das inabilidades procedem do contexto em que a
pessoa está inserida. Independente de quaisquer que sejam a deficiência o educador
(a) precisa querer esta com ele (a) se deixar conduzir, emanar o desejo
particular de compreendê-los para poder intercalar o conhecimento cientifico e
as adaptações curriculares necessárias, despertar para o desenvolvimento das
percepções e da inteligência individual, descentralizando os métodos prontos.
Normalmente são as próprias pessoas com necessidade educacional especial quem
direciona o professor (a) para a metodologia mais apropriada as suas
Necessidades.
3.8 - DEFICIÊNCIA MENTAL
A deficiência mental ao contrário do que se
pensa não está imbricada a deficiência física, a não ser que existam casos
isolados em que a pessoa com deficiência mental também possa ter deficiência
física, entretanto ao se classificar a doença mental como sendo uma insuficiência,
falta, falha, carência imperfeição associadas ao significado de deficiência
justaposto ao conceito de mente ou intelecto. Visto que, segundo o dicionário
da língua portuguesa Luft (2001, p.216), o termo deficiência se identifica
tanto a mental, como a física, porém não significa que uma depende da outra.
Por isso, que a pessoa com DM (Deficiência mental), requer cuidados especiais,
porque se refere ao intelecto.
Vários
fatores são causadores da deficiência intelectual, dentre eles Pode-se citar:
Fatores
genéticos, (síndrome de Down, síndrome de Rett, doenças de tay-Sachs, etc.);
Perinatais;
(antes e durante o parto);
Pós natal: traumatismo craniano doenças
infecciosas “meningite, síndrome do abandono, maltrato e desnutrição. Podendo
se acrescentar presenciar acontecimentos traumáticos com pessoas a sua volta. Por
isso que a relação entre o (a) educador (a) e a família é imprescindível, pois
somente através do dialogo, se poderá encontrar uma metodologia que seja adequada.
Segundo Benedictus Espinosa (1632-1637, P.83), É de notar que há
necessariamente para cada coisa que existe uma causa determinada pela qual ela
exista. Concomitante com o pressuposto teórico de Espinosa, nada acontece por
acaso, ou seja, tudo tem uma contra proposta, visto que para a ciência não
existe o absolutismo, deve-se envolver causa e conseqüência, bem como a cura e
a prevenção, no caso da pedagogia: o paliativo: ou seja, não trata da
conseqüência, porém, há meios para facilitar a aprendizagem da pessoa com NEE com
DM. (Necessidade Educacional Especial com Deficiência Mental)
3.9 - TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E
HIPERATIVIDADE (TDAH)
A criança (TDAH), ou seja, transtorno de
déficit de atenção está vinculado a fatores tanto genético como do contexto
social no qual a criança está inserida, ou seja, pode ser orgânica ou ambiental
causada por uma desorganização do sistema nervoso pode ser acompanhado por um
neuropsiquiatra, sendo que este decidira se necessário o uso terapêutico
medicamentoso.
Nesse caso, especificamente é preciso uma
maior articulação da práxis pedagógica, de modo a fazer com que a criança e/ou
adolescente se sinta inserido na aula, como sendo parte dela. Ou seja, através
da Ludicidade, ou ainda dependendo do nível de comprometimento, o apoio de outros
profissionais, dentre eles: psicopedagogos, psicólogos, psiquiatras, bem o
psicoterapeuta ocupacional.
O profissional educacional que receber um
educando com TDHD (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, precisa
compreender que é preciso energia, disposição e muito boa vontade, a aula
precisa ser dinâmica, envolvente. Uma sala com carteiras enfileiradas, uma
metodologia tradicional não servirá de atrativo para essa criança, o trabalho
lúdico em que se envolva a psicomotricidade, será o primeiro passo a ser
seguido, entretanto não significa ser a metodologia mais viável, depende também
do contexto vivenciado. Existe muita astúcia que supostamente são confundidos
com os sintomas de TDHD. Daí a necessidades do apoio de outros profissionais,
tanto da área da educação, como da área da saúde para chegar a um diagnóstico
convincente que norteie a prática pedagógica.
3.10 -
EDUCAÇÃO ANTI- RACISTA
A educação anti-racista é intrínseca a
educação especial inclusiva e suas políticas públicas, visto que a desigualdade
étnica e racial, no Brasil ainda é muito acentuada. A temática “História e
cultura afro-brasileira” em especial nas áreas de Educação Literatura e
História do Brasil.
De acordo com a Lei nº 10.639, de 9 de
janeiro de 2003,que altera a Lei nº9.394,de 20 de dezembro de 1996( LDB) Lei de
Diretrizes e Bases da Educação. Incluir em todo currículo oficial da rede de
ensino da temática. Entretanto, a resistência em abordar essa temática é
grande, visto que esbarra na falta de informação sobre o vem a ser a política
de Educação Inclusiva.
De acordo com as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico- Raciais e para o Ensino de
História e Cultura Afro- Brasileiro e Africano (2003, p.19); Fortalecimento de
identidades e de direitos
O
principio deve orientar para:
-
o desencadeamento de processo de afirmação de identidade, de historicidade
negada ou distorcida;
-o
rompimento com imagens negativas forjadas por diferentes meios de comunicação,
contra os negros e povos indígenas;
-
o esclarecimento a respeito de equívocos quanto a uma identidade humana
universal;
-
o combate à privação e violação de direitos;
-
a ampliação do acesso a informação sobre a diversidade da nação brasileira e sobre
a recriação das identidades, provocada por relações étnico-raciais;
-as
excelentes condições de formação e de instrução que precisam ser oferecidas,
nos diferentes níveis e modalidades de ensino, em todos os estabelecimentos,
inclusive os localizados nas chamadas periferias urbanas e nas zonas rurais
Não obstante , a pessoa com patologias
cientifica , estão incluídos na Educação Especial Inclusiva todos aqueles que
sutilmente vão excluindo, seja pela sociedade, ou pelas próprias escolas. A
exclusão em muitos casos é feita sorrateiramente deixaram de mostrar que o
negro foi escravo, que o índio viveu na mata, como se o índio não mais
existisse , sendo ótimo para apresentação na culminância de projetos,
entretanto quando por ocasião de apresentação de reis e rainhas coloca- se
alguém branco porque é “mais bonito”. Diante dessas vivências é preocupante a
disseminação de conceitos errôneos do que é incluir. Até porque, os negros de origem africana
também têm príncipes, princesas, réis e rainhas, assim como o índio também tem
uma formação hierárquica na formação da sua sociedade.
4 - PRINCÍPIOS DE AVALIAÇÃO INCLUSIVA:
ensino por competência x qualificação
A avaliação da pessoa com NEE (necessidade
Educacional Especial) precisa ser vista de forma diferenciada, bem como difundida
entre as unidades de ensino formal para que se possa melhorar a progressão, bem
como a qualificação, visto que ainda está atrelada a avaliação formal.
O
conceito de qualificação, bem como das competências segundo Marise Nogueira Ramos
(2001, p.135).
Diluem-se
todas as expectativas de se olhar por outro viés, de se contestar o que parece
instituído e único, de se efetivar a organização coletiva que transcenda aos
ideais personalistas, subjetivistas e/ou produtivistas, mas que apontem no
sentido da construção de projetos sociocoletivos emancipadores.
Embora já se saiba que a avaliação da pessoa
com NEE está consolidada em fatores diferenciados estando interligada informal
e formalmente pela equipe técnico-
profissional pedagógico da unidade escolar, se transpondo para a educação geral
exigindo cuidados especiais por parte do quadro pedagógico da instituição de
ensino, visto que os saberes, bem como a prática possibilita o envolvimento
entre o profissional é o educando(a).Sendo assim, fazendo uma comparação baseada em situações reais, a relação
interpessoal bem como intrapessoal da comunidade escolar com a pessoa com NEE
trás uma melhoria significativa para a qualidade do ensino, assim como da
Aprendizagem.
Segundo
Françoise Ropé, Lucie Tanguy (1997, p.
609). ”Se aceita uma definição do saber -
fazer operacional validado”. Entende-se que esses saberes podem ser aplicáveis
ou não. A pessoa com Síndrome de Down, por exemplo: que vem de um contexto
social em que a escola não é valorizada, como sendo transmissora do saber
cientifico, pode adquirir um determinado saber e no outro dia, ou até mesmo
horas depois esquecê-lo, visto que não há um interesse em absorver o conhecimento
adquirido, esse fator não foi observado somente em crianças com SD (Síndrome
Down), tampouco com NEE (Necessidade Educacional Especial), mas também com crianças consideradas normais
que vivem em um contexto social bem como cultural de dispersão provocado por
fatores externos, Como: drogas consideradas lícitas e ilícitas. Transpor essa lógica para o sistema de avaliação
formal do sistema educacional estabelece, assim padrões de qualidade de avaliação
para o (a) educando (a) com Necessidade Educacional Especial. A resignação
bem como a aceitação desse tipo de avaliação entre os profissionais da educação
ainda não é bem assimilado. Conforme José e Coelho (2008, p. 206-207):
A escola é responsável pela
avaliação informal da criança quando anota seus aspectos de saúde física e
mental, de desenvolvimento intelectivo, social, os dados familiares, as
doenças, as dificuldades nos diversos componentes curriculares, etc. É
responsável também pela avaliação formal, realizada por exames médicos, dentários,
psicológicos e fonoaudiológicos, testes de visão e audição, e pela observação
sistemática dos órgãos de assistência à saúde do escolar.
.
Assim
pode-se concluir que a instituição escolar precisa desenvolver métodos eficazes
de avaliação que perpasse a avaliação que tenha o mero propósito de qualificar
e quantificar.
Concomitante com os pressupostos teóricos de Blanco R. (2004 p. 296)
[...] conhecer bem os alunos implica interação
em comunicação intensas com eles, uma observação constante de seus processos de
aprendizagem e uma revisão da resposta educativa que lhes é oferecida. “Esse
conhecimento é um processo contínuo, que não se esgota no momento inicial de
elaborar a programação anual”.
Por isso é no contato, bem como na observação
constante, que o educador (a) irá ter a dimensão de qual seja a necessidade do
educando e qual a melhor metodologia a ser usada, assim como o tipo de
avaliação mais adequado.
4.1
- ADEQUAÇÃO CURRICULAR DE PEQUENO E GRANDE PORTE: aportes na educação especial
inclusiva
Adaptação é o ato de se adaptar- processo de
interação progressiva de algo ou alguém, sendo o mesmo que tornar ou ficar
apto, ou seja, acomodar-se,ou apropriar-se devido a existência de modificações
no processo educacional, essencial no âmbito curricular.
De acordo
com o Documento denominado Parâmetros
Curriculares Nacionais – PCN Adaptações Curriculares em ação, elaborado pela Secretaria de Educação Especial, do Ministério
da Educação, publicado originalmente em 1999 e reeditado em 2002.
As
adaptações curriculares devem ser entendidas como um processo a ser realizado
em três níveis: no projeto político pedagógico da escola, por meio do qual é possível
identificar e analisara dificuldades enfrentadas pela escola assim como
estabelecer objetivos e metas comuns aos gestores, professores, funcionários da
escola, familiares e alunos; no currículo desenvolvido em sala de aula; no
nível individual, por meio da elaboração e implementação do Programa
Educacional Individualizado (PEI).
Percebe-se
então, que o educando e a instituição escolar devem se aprimorar para alcançar
a eficiência da educação, a partir da interatividade entre pares.
a adequação curricular ora sugerida busca auxiliar
a prática docente propondo adulterações a serem desencadeadas na definição o
dos objetivos, no tratamento e desenvolvimento dos conteúdos, no transcorrer de
todo processo avaliativo, na temporalidade e na organização da práxis
pedagógica com a finalidade de beneficiar a aprendizagem do educando.
Até
porque a adaptação curricular tem em vista aperfeiçoar a participação da pessoa
com Necessidade Educacional Especial (NEE) nas atividades, isto porque a escola
inclusiva está atendendo a uma população cada vez mais diversificada.
Segundo a classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e saúde (SIF). A inclusão escolar compõe, por
conseguinte, um parecer politicamente correto que concebe valores emblemáticos
admiráveis, harmônicos com a igualdade de direitos e de oportunidades
educacionais para todos, em uma atmosfera educacional adequado. o uma
perspectiva a ser pesquisada e experimentada na realidade brasileira,
reconhecidamente ampla e diversificada A maioria das instituições educacionais
ainda estão fundamentadas na compreensão
do médico, do psicopedagogo para com o
atendimento do educando(a) com necessidades
especiais. Enfoca a deficiência como condição particular e tornar mínimo a
acuidade do fator social, da origem e manutenção do estigma que cerca essa
população distinta. Esse espectro esta
encadeado de expectativas massificadas de desempenho escolar dos alunos, sem flexibilidade
curricular que contemple as diferenças individuais a prática de ensino bem como
da aprendizagem.
Constatou-se
que as instituições de ensino buscam alternativas exclusivamente especializadas,
ou seja, tem dificultado, para os alunos com necessidades educacionais
especiais, propondo situações comuns propostas para os demais alunos. No
entanto a visão atual requer mudanças que enseje o acesso, bem como a
permanência, contemplando as suas necessidades , assim como as suas
potencialidades , requerendo o aprimoramento permanente, tanto do educador (a),
como do educando, visto que a diversidade parte de decorrências sociais,
culturais, assim como econômicas.
Dentre essas decorrências se destaca segundo as
Estratégias para a Educação de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais (P.22)
Crianças
com condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais e sensoriais
Diferenciadas;
Crianças
com deficiência e bem dotadas;
Crianças
trabalhadoras ou que vivem nas ruas;
Crianças
de populações distantes ou nômades;
Crianças
de minorias linguisticas, Étnicas ou culturais;
Crianças
de grupos desfavorecidos ou marginalizados.
Isso
significa que as alterações no currículo são elementos básicos na funcionalidade
de uma escola inclusiva.
Segundo
Manjon, etal op. cit., 1995, p. 89 Adequações Curriculares Significativas;
correspondem as modificações que tanto a comunidade escolar , como o corpo
docente precisa inserir no projeto
pedagógico.
Elementos curriculares modalidades adaptativas;
Objetivos;
Eliminação de objetivos básicos;
Introdução de objetivos específicos, complementares
e/ou alternativos;
Conteúdos;
Eliminação de conteúdos básicos do currículo;
Metodologia
e Organização Didática;
Introdução de métodos e procedimentos
complementares e/ou alternativos de ensino e aprendizagem;
Organização;
Introdução de recursos específicos de acesso ao
currículo;
Avaliação;
Introdução de critérios específicos de avaliação;
Eliminação de critérios gerais de avaliação;
Adaptação de critérios regulares de avaliação;
Modificação dos critérios de promoção;
Temporalidade;
Prolongamento de um ano ou mais de permanência do
aluno na mesma série; ou no ciclo (retenção);
4.2-
POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA;
Segundo a Eca Estatuto da Criança e do
Adolescente, art. 55- os pais ou responsáveis tem a obrigação de matricular
seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
A
Lei 10.172, de 2001, aprova o plano Nacional de Educação que estabelece vinte e
oito objetivos e metas para a educação das pessoas com necessidade s
educacionais especiais.
I -
Direito de ser respeitado pelos educadores;
III-
direito de contestar critérios avaliativos podendo recorrer às instâncias
escolares superiores;
A
verdade é que o ser humano deve pensar que as políticas públicas é um marco na inclusão,
mas não resolve todos os problemas, visto que para se atuar em uma sala de aula
com crianças especiais é preciso ter compromisso com a educação, visto que
mesmo diante de todas as leis existente ainda é comum ver essas crianças sendo
colocada em sala como forma de punir profissionais.
4.3 - GESTÃO ESCOLAR: APORTES NAS
ADEQUAÇÕES CURRICULARES INCLUSIVAS
Adaptação
pode ser interpretada como flexibilização, uma vez que pressupõe a existência
de alterações e/ou modificações no processo educacional, essencialmente no
âmbito curricular. Para isso o currículo necessita de adaptações.
De acordo com o Documento denominado Parâmetros Curriculares
Nacionais – PCN Adaptações Curriculares em ação, elaborado pela Secretaria de
Educação Especial, do Ministério da Educação, publicado originalmente em 1999 e
reeditado em 2002.
As adaptações curriculares devem ser entendidas
como um processo a ser realizado em três níveis: no projeto político pedagógico
da escola, por meio do qual é possível identificar e analisaras dificuldades
enfrentadas pela escola assim como estabelecer objetivos e metas comuns aos gestores,
professores, funcionários da escola, familiares e alunos; no currículo
desenvolvido em sala de aula; no nível individual, por meio da elaboração e
implementação do Programa Educacional Individualizado (PEI).
Cabe
a gestão escolar apoiar o uso de materiais de ensino bem como da aprendizagem
de uso comum;
Providenciar
softwares; materiais desportivos adaptados;
Instrumentos
de avaliação,bem como de ensino e de aprendizagem ;
Quina
de Braille, reglete e soroban, lupas;
Recursos
ópticos;
Apoio
físico para facilitar a mobilidade;
Tabuleiros
de comunicação;
Adaptações
do edifício escolar: rampa deslizante, elevador banheiro, pátio de recreio,
barras de apoio, alargamento de portas;
Mobiliário:
cadeiras, mesas e carteiras;
Remoção
de barreiras arquitetônicas;
Materiais
de apoio pedagógico: tesoura, ponteiras, assim como atelier e laboratório;
O
apoio da gestão escolar no processo de ensino e de aprendizagem do (a)s educando
(a) com necessidades educacionais especiais viabilizam a práxis pedagógica em
sala de aula oportunizando o acesso a bens e serviços disponíveis acompanhados
de critérios de avaliação que oportunize a natureza individual e coletiva.
A
articulação entre os recursos, o projeto pedagógico, assim das estratégias promove
o interesse particular das diferentes necessidades educacionais, assim como a
interação educando/ professor/ gestão e vice versa. Levando-se em conta que algumas
dessas crianças ou adolescentes, não alcançaram os objetivos propostos,
entretanto não significa que o elemento de apoio pode ser descartado, visto que
cada ser em desenvolvimento tem o tempo certo para despertar os seus
conhecimentos por isso, a junção de apoio técnico, como: apoio de colegas,
monitores, orientadores pedagógicos e clínicos, professores itinerante, coordenação
pedagógica, bem como as decisões deliberantes, políticas legais bem como
administrativas são decisivas nas diversas modalidades de inclusão da pessoa
com necessidade educacional especial.
Entretanto,
a maioria dos gestores escolares não viabiliza o acesso a bens, bem como de
materiais que possam facilitar o trabalho do educador. Em muitos casos o
profissional tem que trabalhar apenas com piloto e lousa, dependendo de
recursos próprios para não deixar a criança isolada no fundo da sala.
CONCLUSÃO
Conhecer
as leis e suas características, bem como suas implicações nos aspectos
socioeducativos, assim como valorizar a pluralidade posicionando-se contra ou a
favor de discriminação baseados nas diferenças requer autoconhecimento, bem
como conhecimento do outro instigando intenções básicas, cuja premissa é a motivação,
o interesse, bem como a participação. A realidade formulada para resolver problemas
relacionados à educação inclusiva está relacionada também a capacidade de análise,
selecionando procedimentos, bem como verificando a sua adequação.
Segundo Jean Piaget (1969 p.
6)
Duas
convicções cada vez mais profundas se me impuseram nestes começos de ensino.
Uma é que intervém uma espécie de desonestidade intelectual afirmar o que quer
que seja em um domínio decorrente dos fatos, sem um controle metódico
verificável Por cada um, ou nos domínio formais, sem um controle logístico. A
outra é que a mais clara separação deve ser introduzida sem cessar entre o que
provém da improvisação pessoal, da verdade de escola ou de tudo o que está
centrado sobre o eu ou um grupo restrito, e os domínios nos quais é possível um
acordo dos espíritos, independentes das crenças metafísicas ou de ideologias.
Posicionar-se socialmente constrói dimensões
progressivas de identidade pessoal e das pertinências que envolvem tanto a
criança como o adolescente. Visto que, o processo de aprendizagem é lendo e
gradativo, até porque os resultados só são visíveis em longo prazo, nesse
sentido, a função do (a) professor (a) é auxiliar, ou seja, obstante as
dificuldades refletir sobre a práxis no cotidiano escolar, com base nas
diferenças intelectuais, visto que a pratica diária está entre ser excludente
ou inclusiva. Sendo que a principal questão é: ter em mente que a leitura
alfabética é complexa e determinados atos leva o educando (a) tendem a criar
hábitos nas crianças que dificultarão a aprendizagem, independente de quaisquer
que seja a necessidade educacional.
O mais respeitável é não fazer comparações,
pois não se trata de estabelecer um padrão único de metodologia, mas
estabelecer um padrão comum de ações que viabilize a atuação dos profissionais
da instituição escolar que se digna a estabelecer padrões inclusivos de todas
as maneiras, sendo necessário amadurecer a ideia de que todas as pessoas são
diferentes e aprendem em tempos diferentes, adotam meios próprios de
aprendizagem, sendo que as diferentes estratégias educativas democratizam o
ensino e promove a inclusão, visto que não existe um aluno padrão, nem um
modelo de escola que viabilize a separação. O principio de homogeneização tende
a segregar, ou seja, hostilizar tendo como conseqüência a exclusão.
Ao se propor receber uma criança com NEE
(Necessidade Educacional Especial), se faz necessário incluir a ideia de que o
primeiro contato é um momento delicado que merece atenção diferenciada, dos diferentes
apropriações do espaço social, outro ponto significante diz respeito às
condições de vida da criança. Propõe-se que a anamnese, seja realizada com o cuidador
(a), no momento da realização da matricula na instituição de ensino regular,
seja ela, pública ou privada, com um único propósito de preparar o educador, de
modo que o primeiro contato aconteça naturalmente sem surpresas.
Sendo
assim, a escola poderá oferecer maior aconchego e conforto para a família ,
assim como para a criança, do mesmo modo o professor (a) não irá ter nenhum
pasmo, visto que o educador (a) recebe de surpresa, sem nada para as boas
vindas e ainda se depara com as caras e bocas advindas da comunidade escolar,
dando a entender que é um “castigo”, enquanto que o profissional capacitado
entende que recebê-las é mais um aprendizado sobre o que é viver. Até porque as
crianças criam e recriam jeitos próprios de lidar com o mundo bem como as
diferenças e suas alusões.
Entretanto,
um tempo de encontro entre o (a) professor (a) e a família são primordiais para
entender as relações intrínsecas as relações interpessoais, bem como a relação
da criança com o seu cuidador.
11 -
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