APRESENTAÇÃO
De acordo
com Paulo Freire, a educação estar associada ao fazer social e a política
voltada para o bem estar do individuo biopsicopedagogico.
A solidariedade social e
política de que precisamos para construir a sociedade menos feia e menos arestosa,
em que podemos ser mais nós mesmos, tem na formação democrática uma prática de
real importância. “A aprendizagem da assunção do sujeito é incompatível com o
treinamento pragmático ou com o elitismo autoritário dos que se pensam donos da
verdade e do saber articulado”.)
Portanto
à medida que se expande o conceito do educar para vida e para a criticidade,
cresce também a necessidade de se fazer a diferença e internalizar a práxis
pedagógica fora da escola, em ambientes alheios as formalidades educacionais. A
psicologia difunde a ideia que a criança constrói seu próprio conhecimento,
entretanto, as condições, ou seja, o meio social, cultura e histórico em que
ela vive vai modificando o seu modo de pensar e agir a depender dos estímulos
gradativos, de modo a deixar de ser um processo natural para converter-se em um
processo cultural. Sendo assim, se vem através da brinquedoteca destacar
elementos instrumentais para induzir as pessoas e provocar estímulos para uma
condição isolada denominada medicina preventiva e essa venha se sobrepondo á
medicina curativa. Até porque, normalmente, as pessoas só procuram o médico,
quando já estão sem aguentar mais a doença devido à impessoalidade do ambiente.
O processo de conhecimento do fazer pedagógico
não deve interferir no fazer hospitalar. A brinquedoteca no ambiente da unidade
de saúde terá um fazer meramente lúdica e de entretenimento, porém, deverá
conter em seu acervo brinquedos significativos, tanto para as crianças, como
para os adolescentes. Brinquedos que despertem o interesse e a atenção de tal
forma que os atraiam para a novidade para a participação efetiva das
atividades. É necessário também dá abertura para sugestões dos pacientes. É
importante ressaltar as comemorações, as festividades que não deixa de ser
também, parte da ludicidade, importante no atendimento as necessidades e
desencadeando momentos de problematizações a partir da observação da
realidade. Ampliando uma análise mais
detalhada da realidade vivida. Só haverá uma probabilidade da ação social da
brinquedoteca atingir seu alvo se houver uma perspectiva de reciprocidade entre
as partes atuantes na U.S. e as ações organizadas de acordo com as
necessidades
JUSTIFICATIVA
A
interação médico e paciente torna na maioria das vezes as medicações, menos
traumáticas. A rotina diária de uma unidade hospitalar torna o ambiente frio e
impessoal e faz com que tanto crianças como adultos se distancie dos médicos e
equipe de enfermagem. O branco dos jalecos assusta muitas crianças tornando o
trabalho na maioria das vezes difícil, tanto para a equipe de saúde, como para
o paciente. A espera deixa as pessoas nervosas e ansiosas e o ambiente fica
enfadonho. Principalmente para as crianças. As crianças podem observar tocar
nos brinquedos experimentar sensações pouco vistas em unidades de saúde. Elas
passam a se identificar com o ambiente e a descontrair enquanto pais e ou
responsáveis tomam as devidas providências juntamente com os profissionais de
saúde a respeito do bem estar do individuo.
As
rotinas nas unidades de saúde distanciam as pessoas umas das outras alem disso
vemos que a aproximação e a evitação refletem enfaticamente nas crianças. Ao
compartilhar os brinquedos e brincadeiras elas deixam transparecer o que sentem
com mais facilidade.
Borja
Solé diz: ’’ quanto mais se brinca na infância-em qualidade e quantidade -,
mais possibilidades teremos na vida adulta”. Concomitante com as ideias de Solé
, não importa o local, nem o momento, para a criança é sempre importante ter
algo para brincar.A brinquedoteca nas
unidades de saúde é pensada apenas para
preencher o ócio onde o profissional atuante nesta área precisa ser antes de
mais nada um brinquedista, alguém disposto a ouvir e compartilhar sentimentos
entre outros aspectos o que divergem da brinquedoteca nas escolas que
vincula-se ao ensino e a aprendizagem.pode-se dizer que é audácia se pensar na
ludicidade recreativa nas U.S. porém a vasta experiência e a constante andança
entre essas unidades de saúde me levou a observar crianças e adolescentes
,horas e mais horas sentados vendo a hora passar olhando para as paredes
brancas e uns poucos cartazes na parede e cada minuto que passa é angustiante a
espera por atendimento, isso não tem nada a ver com o tempo de espera que na
maioria das vezes é necessário essa espera, mas preencher esse tempo de espera
é o que se precisa pensar.
OBJETIVO
O ato de brincar
é inerente ao seres em geral, sendo flexível dá ao ser humano a oportunidade de
interpretar diferentes situações. Segundo Brock ET AL p.5 brincar é importante
para o desenvolvimento, a aprendizagem e o bem estar, essenciais tanto para as
crianças como para adultos. Sendo assim, o objetivo deste projeto é incentivar
as crianças e adolescente em espera de consulta ou em internamento a manterem a
mente ocupada com atividades prazerosas e relaxantes proporcionando momentos de
prazer mediante a complexidade do
ambiente hospitalar.
TIPO
DE INSTITUIÇÃO: Unidade de saúde de saúde
PERFIL
DO PÚBLICO: crianças e adolescentes em espera para consulta e/ou em
internamento nas unidades de saúde
FAIXA
ETÁRIA ATENDIDA: o a 12 anos
CIDADE:
Rio Real ESTADO: Bahia
PROCEDIMENTOS
Investigação
prévia do ambiente de atuação e do cliente a ser atendido, conhecer o nome e se
dirigir a ele ou ela sempre pelo primeiro nome.
Promover
um diálogo para conquistar a sua confiança.
Perguntar
a idade.
Oferecer
algum tipo de distração.
Não
perguntar o tipo de enfermidade que o acomete. Apenas sondar informalmente.
Não
deixar transparecer sentimentos de dó ou piedade.
Agir
de modo que o individuo compreenda que a situação vivida é parte integrante da
vida de qualquer ser vivo. E que a finalidade
do pedagogo naquele momento é fazê-lo se sentir bem.
RECURSOS:
Bingo, alfabeto
móvel de madeira, história, contos e fábulas, papel A4, lápis de colorido, giz
de cera. Bonecas; fantoches.
AVALIAÇÃO
A avaliação se
faz presente não apenas na assimilação da expectativa política e social como
também na triagem de meios rotativos e na implementação do projeto, tendo em
vista a sua construção. Diferente do fazer pedagógico em sala de aula. Neste
tipo de projeto, esse é o momento para repensar a práxis pedagógica. Na avaliação
serão observados os aspectos qualitativos da práxis diária num processo
continuo e gradativo através das abordagens e da receptividade dos indivíduos
em questão.
FLEXIBILIDADE
Deslocamento de
um local para outro dependendo da necessidade. Sem perder o foco dos objetivos
dos objetivos propostos.
MEDIDAS DE APOIO
Buscar parcerias para
que as ações executadas incidam sobre quem é de direito.
REFERÊNCIA
Disponível
em:http://borboletandonacriativaidade.blogspot.com.br/2010/11/frases-de-paulo-freire.html
acessado em 22/12/12
Revista
pátio 2011, p.5
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