segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Monografia GESTÃO ESCOLAR VERSUS INCLUSÃO.

                                  FACULDADE KURIOS – FAK

DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO CENSU”, PESQUISA E EXTENSÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA.  


                      
GESTÃO ESCOLAR VERSUS INCLUSÃO.

ANA MARIA DE JESUS1





RIO REAL-BA
2015
ANA MARIA DE JESUS1











                        

GESTÃO ESCOLAR VERSUS INCLUSÃO.

Monografia apresentada à Banca Examinadora do Programa de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, Especialização em Educação Especial /Inclusiva, Faculdade Kurios – FAK, com requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Educação Especial /Inclusiva.
Orientadora: Coordenadora do curso Regivânia  Mara Fonseca Costa.


                                           RIO REAL-BA
2015
TERMO DE APROVAÇÃO
ANA MARIA DE JESUS
EDUCAÇÃO ESPECIAL/ INCLUSIVA


Monografia apresentada à Banca Examinadora do Programa de Pós - Graduação, ”Latu Sensu”, Pesquisa e Extensão, Especialista em: Educação Especial/ Inclusiva da Faculdade Kurios – FAK, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em: Educação Especial / Inclusiva.

Monografia aprovada em ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­______________________               Nota: ______

_______________________________________________________________

Ana Maria de Jesus 

Banca Examinadora:

Regivânia Mara dos Reis Fonseca
Neuro psicopedagoga Orientadora

_______________________________________________________________

Coordenadora do Curso


                                     RIO REAL – BAHIA
2014



















“Estar junto é se aglomerar com pessoas que não conhecemos. Inclusão é estar com, é interagir com o outro”.
(Maria Tereza Egler Mantoan)

DEDICATÓRIA
Esse trabalho é Dedicado em especial aos meus queridos filhos: Jessica Luara de Jesus Souza que veio ao mundo com o destino de me mostrar que eu tenho mais força e coragem do que aparento ter, mesmo que o mundo mim faça sofrer ela estar aqui para ajudar-me a ficar de cabeça erguida, Otto Ney de Jesus Souza, que mesmo com a minha ausência dentro de casa se transformou em uma pessoa responsável e capaz de mover sua própria vida sendo capaz até de ser o meu amparo nos momentos mais difíceis, do modo dele, porém sempre por perto, Antonio Leonan de Jesus Souza que desde um ano e meio aprendeu a conviver com a minha ausência sobrevivendo aos dias de distância aproveitando cada momento que passava junto comigo. A ex- primeira Dama: Maria do Socorro que indiretamente contribuiu para que eu descobrisse que poderia ser mais que uma simples dona de casa permitindo-me dar minha contribuição na Educação do Município de Rio Real-BA, quiçá do Brasil. Jamais, posso esquecer-me de minha mãe que me educou, orientando-me a professar os valores morais bem como os valores éticos tornando-os o alicerce da minha vivência, eles foram e são os maiores incentivadores, sem a base dele (a)s para me sustentar, não teria conseguido concluir os meus estudos. A orientadora e coordenadora do curso, a professora Regivânia Mara Fonseca que consegue orientar de tal maneira tornando aquilo que parece ser difícil se tornar mais fácil e acessível para todos. Aos meus amigos e colegas de curso que contribuíram direta ou indiretamente para que eu supervisione minhas atitudes, assim como as ações diárias.
 Enfim, aos profissionais da saúde: o neurocirurgião, Dr. Alberto Silva Barreto, com sua simplicidade fez- me compreender que com Deus à frente de nossas vidas podemos colocar a “vida” acima de qualquer coisa; o oncologista, Dr. Venâncio Gumes que mostrou claramente que enquanto houver um sopro de vida, ainda há esperança, não devemos desistir de nada, nunca, dentro da profissão que exerce, bem como do cargo que ocupam me incentivaram a todo o momento a seguir minha jornada deixando para trás tudo aquilo que não me mantivesse de pé.
















AGRADECIMENTO
 Agradeço a Deus, que é minha força e base maior de sustentação nos momentos difíceis da minha vida contribuindo para que eu ultrapasse os obstáculos mais difíceis, Deus é a minha força maior, até porque sem ele não sou nada e com ele sou tudo o que quero ser, Deus mim faz acreditar o quanto é importante continuar, bem como  ter esperança.
À professora Regivânia Mara Fonseca, pela sua capacidade como orientadora, dando-me apoio, compreensão, nas minhas dificuldades, fazendo- me compreender que o trabalho de elaboração dessa monografia é um caminhado de prazer, bem como de consolidação da aprendizagem.
A todos os professores do Curso de Especialização em Educação Especial / inclusiva que introduziram, aprofundaram, assim como consolidaram conhecimentos favoráveis a aprendizagem tornando-me consciente da ótima escolha que fiz ao iniciar essa especialização, a qual é parte integrante da minha profissão, bem como da minha vida, assim como do amor e afinidade que tenho pela Educação Especial/ inclusiva , no processo de construção do conhecimento formal.
Tais agradecimentos, não seriam completos se não deixasse aqui aos menos o pré -nome daqueles que me fizeram escolher essa especialização: Em primeiro ligar, Jéssica, Diego, Bruno, Gilssiane, José, Caíque, e tantas outras crianças com Necessidade Educacional Especial, que conduziram – me para uma condição particular de interação entre a pessoa com deficiência, bem como a pessoa com necessidade educacional especial.




RESUMO
A especialização em Educação Especial/ Inclusiva contém atributos que concebem a competência de Interatuar com o outro, perceber como o outro se relaciona com as suas próprias dificuldades, assim como vencer os preconceitos, do mesmo modo valorizar as suas potencialidades, mediante reflexões diretamente ligadas a ação da escola, bem como da família e da sociedade em geral, em detrimento da Pessoa com Necessidades Educacionais Especiais suplantadas em experiências vivenciadas. O modo como essas pessoas se comunicam, assim como deixam transparecer os conhecimentos prévios. Visto que as políticas públicas, ainda são negligenciadas, e mesmo sabendo que o professor (a) é quem tem que intervir pedagogicamente. Entretanto, não lhe é conferido (a), ao educador (a), a responsabilidade de oferecer atendimento especializado, sendo-lhe cabível reger a classe e mediar conhecimentos espontâneos, bem como facilitar a compreensão dos conteúdos programáticos, até porque é notória a formação continuada do professor (a), agrupada a família congregando a criança, tal qual o adolescente no Sistema Regular de Ensino, em especial, nas Escolas Públicas.
Palavras – chave: Inclusão pedagógica, pessoa com ou sem deficiência








ABSTRACT
The specialization in Special Education / Inclusive contains attributes that conceive of competence Interact with each other, to see how the other relates to their own difficulties, and overcome prejudices, likewise enhance their potential by reflections directly linked to school action as well as the family and the society in general, to the detriment of Persons with Special Educational Needs supplanted in life experiences. How these people communicate, and betray the prior knowledge. Since public policy, are still neglected, and even though the teacher (a) is the one who has to intervene pedagogically. However, you are not given (a), the educator (a) the responsibility of providing specialized care, but it's appropriate governing class and mediate spontaneous knowledge and facilitate understanding of the syllabus, because it is notorious training continued teacher (a) grouped the family bringing the child, like the teen in the Regular Education System, in particular in the Public Schools.
Key - words: educational inclusion, people with or without disabilities







SUMÁRIO
CAPITULO I
1 – INTRODUÇÃO_____________________________________12
1.1 - A ESCOLA COMO MENTORA DA DIFUSÃO DA ACESSIBILIDADE ____________________________________15
1-2 JUSTIFICATIVA ___________________________________17
1.3 – OBJETIVO______________________________________18
1.4- OBJETIVOS GERAIS_______________________________18      
1.5 – ESPECÍFICOS____________________________________18
CAPITULO II                                     
2 - FAMÍLIA: EIXO GERADOR DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM______________________________________19
2.1- RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA COMO PRÁTICA DE APERFEIÇOAMENTO _________________________________23
2-2 FORMAÇÃO CONTINUADA DO (A) PROFESSORE (A) S__24
CAPITULO III
3.1 - AUTISMOS (TRANSTORNO DE DESENVOLVIMENTO)___27
3.2 - DIAGNÓSTICO DO ESPECTRO AUTISTA _____________28
3.3 - BAIXA VISÃO/CEGUEIRA__________________________29
3.4 – DISLEXIA______________________________________29
3.5 - SURDO CEGUEIRA ________________________________31
3.6 - DEFICIÊNCIA VISUAL_____________________________31
3.7 - DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS E ALTAS HABILIDADES____32
3.8 - DEFICIÊNCIA MENTAL ____________________________32
3.9-TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH) ______________________________32
3.10 - EDUCAÇÃO ANTI- RACISTA_______________________34
CAPITULO IV
4.0 - PRINCÍPIOS DE AVALIAÇÃO INCLUSIVA: ensino por competência x qualificação____________________________36
4.1 - ADEQUAÇÃO CURRICULAR DE PEQUENO E GRANDE PORTE: aportes na educação especial inclusiva__________38
4.2 - POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA; _________________________________________41
4.3 - GESTÃO ESCOLAR: APORTES NAS ADEQUAÇÕES CURRICULARES INCLUSIVAS__________________________42
 CONCLUSÃO________________________________________44
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA________________________47




1 - INTRODUÇÃO
  As pessoas com deficiência, durante muitos anos, foram isoladas em suas casas, não por opção, mas sim por imposição da sociedade da época bem como, pela família que gerava dentro de casa o preconceito e impunham uma discriminação considerando inúteis e incapazes de assumirem suas próprias responsabilidades assim como responsabilidades sobre tudo e qualquer coisa a sua volta. Raras vezes era possível ver pessoas com deficiência saírem de casa, sozinhos, ou até mesmo dos arredores de suas casas, até mesmo acompanhados. Para saber se havia naquele local, alguém com deficiência era preciso ser íntimo da família ou chegar de surpresa , caso contrário, a pessoa era retirada da sala, ou escondida em um quarto, de modo a não ter contato com o visitante.
  Muitas são as histórias contadas sobre famílias que os abandonavam a pessoa com deficiência, a própria sorte. Pessoas descriminadas se sentem diminuídas, menosprezada, em se tratando de crianças era muito mais complexo, pois é algo que inculturado. A criança a principio não se sente diferente, os adultos é que aos poucos vão tornando-as diferente isolando-as.
    As crianças que nasciam com deficiência eram escondidas ou quando não eram escondidas eram abandonadas, pois era considerada, como um castigo para a família, uma expiação dos pecados. Eram menosprezadas, o que é muito triste, principalmente, quando lhes vêem como diferente e sem valor, expressões como:” você não e bonita”, “você não é importante”, não tem nenhuma qualidade” ,” seus cabelos não são lisos”etc. leva a consequências i que pode-se dizer: irreversíveis  e dolorosas. Expressões desse tipo, quando são constantes leva a pessoa a se convencer de que realmente não  é capaz. A condição de pertencer a um grupo ou está com uma necessidade educacional especial padroniza as qualidades individuais e as diferenças.  
    Imagens ou comportamentos, como prática de preconceito legitima a exclusão organizada, sendo que as manifestações são perspicazes  tendo papel bem definido, caracterizado no agir discriminatoriamente, porém atribui-se aos costumes e tradições culturais.
Apesar de tantos estudos sobre acessibilidade e sua obrigatoriedade em prédios públicos ainda não se estendeu até as ruas, praças e avenidas.
  O cadeirante ou pessoa com mobilidade reduzida tem muita dificuldade para se deslocar de um ponto para outro especialmente nas cidades do interior devido a não urbanização das ruas, tais como: calçamentos com paralelepípedos, calçadas cheia de ondulações, escadas com degrau muito estreito, onde existe uma rampa é revestida com piso de cerâmica impossibilitando o deslocamento do individuo da sua residência até a instituição de ensino e aprendizagem, sem o apoio de um acompanhante. Essas limitações afetam não só crianças, mas também idosos, assim como pessoas com carrinhos de bebê.
  As responsabilidades da manutenção de logradouros públicos dependem da ação dos poderes públicos, tais como: executivo, legislativo, bem como do judiciário, a exemplo das calçadas a manutenção é dos donos, porém a fiscalização depende dos poderes públicos. Vejamos a seguir, alguns exemplos de logradouros públicos que tentam passar para a população a sensação de acessibilidade, tais lugares requerem uma reflexão urgente.

Figura 1: ruas que dão acesso a Escola Estadual DR. José Carvalho Baptista- Rio Real - BA.

Figura: 2 via pública

Figura 3: calçada ao lado de uma escola pública.

  Naturalmente que os problemas que afetam a realidade social, requerem transformações sociais conceituais. Entretanto, para que ocorra essas modificações, é necessário a implementação de políticas públicas voltadas para o sentido de que as pessoas com limitações de locomoção são na sua maioria inteligentes e capazes de prover o seu sustento, se a sociedade estivesse pronta para recebê-los.
1.1 - A ESCOLA COMO MENTORA DA DIFUSÃO DA ACESSIBILIDADE
  As instituições de ensino e aprendizagem aparentemente demonstram difundir a acessibilidade, entretanto as circunstâncias imbricadas são razoavelmente complexas. A forma de administração adotada se transformou em um instrumento de interferência política em que as práticas utilizadas na execução dos regulamentos serve como meio indireto na alteração dos  métodos dentro das escolas.Salientando as ações dirigidas as pessoas com necessidades educacionais especiais, visto que os emendes das demandas  afetam  direta e indiretamente a curto e longo prazo
   A divisão de responsabilidades implica em influenciar os indivíduos para fazer as adaptações, tanto fora das escolas, como dentro delas. Habitualmente se enfrenta situações facilmente identificáveis pertencentes a práticas sutis de acessibilidade, porque se sabe que não basta colocar um pedaço de rampa, aqui ou ali, não basta colocar um corrimão em pontos estratégicos se as mudanças não fizerem parte da objetivação da sociedade. Na verdade tornou-se regra se dizer que o (a)s educadores não estão preparados para receber a criança com necessidade educacional especial no ensino regular, entretanto a sociedade em geral também não está. Os equívocos cometidos, os dolos ferem todo desejo de ascensão, continuamente se comete erros de caráter moral arraigado por um discurso polido que, no entanto ferem a dignidade bem como moral, da pessoa com Necessidade Educacional Especial.
Segundo Saviani, (1995, p.5).
“O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente em cada individuo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o objeto da educação diz respeito, de um lado à identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado e concomitante, à descoberta das formas adequadas para atingir esse à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo.
  Concomitante com os pressupostos teóricos de Saviani leva-se a compreender as Observações recentes mostram que no contexto escolar jazem fortes indícios de que a acessibilidade é um processo longo, visto que a acessibilidade não se restringe a pessoa com deficiência patologicamente diagnosticada por profissionais da área da saúde, existem necessidades educacionais especiais que somente um profissional da área da educação que tenha um convívio diário com a criança pode detectar e desenvolver uma prática pedagógica que corresponda cada situação especifica, entretanto para que ocorra o diagnóstico é necessário que o profissional olhe o individuo de um ângulo especial e diferente do processo avaliativo habitual intrínseco as práticas pedagógicas.
2 - JUSTIFICATIVA
  Tendo definido a obrigatoriedade de uma educação inclusiva na rede regular de ensino pressupõe uma instituição de ensino onde todos possam participar assegurando o direito à acessibilidade, bem como entendendo a legislação como sendo relevante, pois caso as pessoas se decidam acompanhar a execução das leis é possível que se tenha uma  sociedade menos problemática. A partir da conscientização e da compreensão da legislação, bem como da política nacional para a Educação Especial Inclusiva, (EEI), visto que a sociedade sabe que a legislação existe, no entanto, continua cometendo erros abomináveis.  É fácil dizer: eu não tenho preconceito, eu não discrimino, porém quando se vê diante de situações em que envolve o coletivo e dentro deste coletivo há uma situação que carece de uma ação inclusiva se percebe a dificuldade, principalmente quando existe uma posição de confronto entre a legislação e o que realmente acontece.
  Ao se propor que uma criança com necessidade educacional especial participe, por exemplo: de uma apresentação no teatro da escola, ou quiçá uma criança negra fazendo um papel de anjo, são inúmeras as caras e as bocas que será possível observar.
  Por esse e tantos outros motivos é que este trabalho de pesquisa cientifica esta direcionada, tanto para as ações escolares, como para as práticas sociais e a legislação vigente no Município de Rio Real- BA, assim como, em tantos outros lugares do Brasil.
  A ênfase na metodologia relacionada à Educação Especial/Inclusiva é objetivada nas individualidades e no respeito aos aspectos cognitivos relacionados às fases do desenvolvimento abordados por Jean Piaget, (1972, p.6 a) Estatuto da Criança e do Adolescente, Título II dos Direitos fundamentais, José Carlos Libânio (2004, p.227), Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003,que altera a Lei nº9.394,de 20 de dezembro de 1996( LDB) Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
1- OBJETIVOS
1.1- OBJETIVOS GERAIS            
   Analisar as políticas públicas relacionadas a execução de ações intrínsecas a Educação Especial/ Inclusiva, bem como a práxis pedagógica na escola e a formação do(a) professor(a), como sendo de relevância para a comodidade da família, assim como da família, de modo a embasar a pesquisa cientifica nas adaptações curriculares, tal qual a estrutura física da escola e do seus arredores, assim como as relações socioprofissionais, como sendo papel importante na formação cidadã da pessoa com Necessidade Educacional Especial , direcionando o ser e desenvolvimento  para a reflexão sobre o que é necessário para o seu próprio bem estar, bem como do bem estar do seu semelhante.
1.2 - ESPECÍFICOS                                         
Ø  Associar práticas inclusivas nas instituições de ensino;
Ø  Validar leis de inclusão social dentro e fora da escola,
Ø  Buscar subsídios facilitadores das ações dentro do espaço da sala de aula;
Ø  Valorizar a pessoa com Necessidade Educacional/ Especial;
Ø  Refletir sobre a trajetória da educação especial no Brasil e no mundo;
Ø  Registrar modelos de inclusão pertinente a instituição de ensino regular;
Ø  Verificar como as adaptações pedagógicas são instituídas dentro e fora da sala de aula;
Ø  Nortear educando, bem como educadores (as) sobre o acompanhamento especializado, assim como seus entraves;
2- FAMÍLIA: EIXO GERADOR DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
  A família como agregação social, ostenta ou abdica papéis e socializações dos seus membros, como resposta, as necessidades pertencentes. Para Serra (1999), a família tem como função primordial, a de proteção, dar apoio emocional para a resolução de problemas e conflitos. Apesar “de o termo “família ser derivado do latim “famulus”, que significa” escravo doméstico”, também esta baseada nos laços de sangue a qual é denominada família natural. Concomitante com o artigo 25; seção II, do Estatuto da Criança e do Adolescente, entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes. Daí pode-se dizer que o individuo está aliciado à família em qualquer que seja as circunstâncias. Nesse caso se pode dizer que não é incomum que a família proteja a criança com necessidade educacional especial, às vezes de tal modo que acaba isolando o individuo do mundo a sua volta, em alguns casos por considerar frágil e incapaz de tomar decisões próprias.
   A proteção exagerada da família acarreta problemas tanto para o indivíduo, como para as pessoas a sua volta, é possível encontrar casos em que familiares isola a pessoa com necessidade educacional especial da sociedade a sua volta, não por medo ou por descriminação, mas por medo de perder o BPC (Beneficio de Prestação Continuada da Assistência Social) que é um auxilio do governo federal.
De acordo com a Lei Federal de 1988 e regulamentado pela Lei orgânica da Assistência social (LOAS), Lei nº 8.742, de 7/12/2011 e nº 12.470, de 31/08/2011, que alteram dispositivos da LOAS e pelos Decretos nº 6.564, de 12 de setembro de 2008,a pessoa com necessidade especial que não pode prover o seu sustento nem tê-lo fornecido pela a sua família.
O BPC é um beneficio da Política de Assistência Social, que integra a proteção Social Básica no âmbito do sistema único de Assistência Social- SUAS e para acessá-lo não é necessário ter contribuído com a previdência social. É individual e intransferível, não é vitalício, que assegura a transferência mensal de 1(um) salário mínimo ao idoso, com 65( sessenta e cinco ) anos ou mais , e a pessoa com deficiência ,de qualquer idade , com impedimentos a longo prazo , de natureza física, mental , intelectual ou sensorial, os quais , em interação com diversas barreiras , podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas . em ambos os caos , devem comprovar não possuir meios de garantir o próprio sustento, nem tê-lo provido por sua família . A renda mensal familiar per capita deve ser inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo vigente.
    Portanto, não há porque membros da família da pessoa com necessidade especial  deixarem   de trabalhar para viver por conta deste beneficio, ou deixam de procurar a ajuda de profissionais orientadores, psicólogos, médicos , terapeutas,etc.,  acreditando que se a pessoa com necessidades especiais apresentar alguma melhora, irá perder o beneficio repassado pelo governo , o que não é diferente com relação a escola.
  Após pesquisa informal com familiares ficou comprovado que não existe nenhum interesse em fazer com que essas pessoas tenham acesso ao ensino cientifico.
Ainda é comum, principalmente nas cidades do interior encontrar pessoas com necessidades especiais morando de frente a escola, porém não freqüenta esta escola. No entanto, de acordo com LOAS. O desenvolvimento das competências cognitivas, motoras ou educacionais bem como a efetivação de atividades não recompensadas de capacitação, dentre outras, não constitui agente de suspensão ou cessação de beneficio da pessoa com deficiência.
  Observa-se que os familiares não aceitam que outras pessoas tenham contatos com essas pessoas colocando-os atrás de murros altos e portões bem fechados, de modo que Ele (a)s fique exclusivamente em contato com a família. Há casos em que se tornam violentos e incapazes de ter uma convivência social, por imporem a essas pessoas situações de total exclusão social.    Há uma percentagem muito pequena freqüentando a escola.


  A escola enfrenta dificuldades, por exemplo: no momento de identificar dificuldades de aprendizagens veiculadas a patologias que não são especificas e que estão fora dos padrões normais de diagnósticos médicos, como por exemplo: Dislexia que por ser uma dificuldade especifica de aprendizagem, ao contrário dos termos gerais de deficiência, não é possível obter um diagnóstico médico, com exames simples. É preciso um acompanhamento especializado. É nesse momento que a família tem um papel primordial. No entanto, o excesso de zelo tem atrapalhado o trabalho pedagógico de alguns profissionais que por sua vez entende que a necessidade de dar liberdade de ação é um dos fatores preponderantes para que se alcancem os objetivos propostos para a educação inclusiva. A família na maioria dos casos não acredita que a pessoa com necessidades especiais, seja capaz de efetivar tarefas comuns do dia a dia, não deixa que eles encontrem seus próprios meios para executar tarefas simples, como: beber água, segurar o lápis ou até mesmo ir ao banheiro. No entanto, a maioria das escolas não está preparada para receber as crianças e adolescentes com necessidades especiais, principalmente quando não portam uma declaração ou relatório médico específico
  Estreitar a relações pessoais entre a família e/ou responsáveis e os membros da comunidade escolar possibilitara uma convivência baseada na confiança para que sejam efetivadas as políticas públicas adequadas ao desenvolvimento psicopedagógicos da pessoa com necessidade especial educacional. Quando as condições dignas de desenvolvimento pode-se afirmar que não é somente a escola que propiciará e sim a parceria escola/família/comunidade. Até porque o desenvolvimento integral do individuo depende de todo o contexto social, tanto escolar, como comunitário. De acordo com o artigo 7º, do Estatuto da Criança e do Adolescente, Título II dos Direitos fundamentais, capítulo: I. A criança e o adolescente têm direito a proteção á vida e a saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso em condições dignas de existência.
  Mediante a complexidade das relações entre família e comunidade escolar é que se tem a necessidade de conhecimentos técnicos específicos quando da assistência do individuo com necessidades educacionais especiais e dos procedimentos necessários as suas especificidades.
   Até porque o artigo 33, da ECA, subseção II, a guarda obriga à prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. Subentende-se que a instituição escolar como detentora do poder de transmitir saberes técnicos científicos tem a obrigação de prover todo o suporte necessário, para que a criança e/ou adolescente com           Necessidade Educacional Especial tenha todo apoio necessário para o desenvolvimento pedagógico quando por ocasião de idade escolar, visto que durante o horário escolar a criança e/ ou adolescente  está sob a tutela da instituição de ensino regular,seja esta instituição privada , pública, bem como   especializado.
No decorrer do tempo de permanências na escola a pessoa com deficiência tem o direito constitucional garantido na ECA, na seção IV (da Assistência Social, Art. 203. IV) a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária. Desse modo, fica evidente a participação da instituição escolar, pois é interagindo com outros iguais ou não que o individuo se descobre e descobre o outro. Para isso, a escola precisa ser inclusiva, bem como liderar as relações pessoais estreitando laços afetivos e profissionais.
A comunidade escolar se depara com dificuldades no momento de romper com paradigmas tradicionais até porque a família não esta se preparando para receber nenhum atributo que não esteja nos padrões normais e estão transferindo as próprias responsabilidades para a escola.
   Entretanto, quando se refere à educação, seja ela especial ou não, a influência da família, bem como do contexto social é determinante para o desenvolvimento da criança. O excesso de zelo, ou a falta dele, estabelece limites a escola, bem como ao professor (a), que na maioria das vezes ao invés de ajudar, prejudica.
Do mesmo modo fica claro que o despreparo dos profissionais da educação contribui para a situação calamitosa que leva a incômodos atribuídos somente à criança.
O sistema regular de ensino passou a ser um concorrente para a educação informal. Conforme se observa são facções familiares que tem a concepção de que a criança que supostamente não tem dificuldade não pode faltar a escola enquanto que aquela que visivelmente possui uma deficiência não precisa ir a escola.

2 - RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA COMO PRÁTICA DE APERFEIÇOAMENTO

  A relação da família com a instituição escolar necessita ir além das reuniões formais, onde as mães e responsável dificilmente algum pai apenas ouve o que seus filhos aprenderam ou deixaram de aprender. Em geral essas pessoas já chegam com um olhar temeroso, já se preparando para determinar qual a penalidade irá impor para seu filho, por isso é essencial que a escola mantenha uma relação de confiança, apesar de usufruir de uma autoridade imposta pelo sistema, conforme a intenção a que se destina , bem como a circunstância, a restrição nas palavras é benéfica para que se possam extrair informações que auxilie na identificação de hábitos familiares prejudiciais ao desenvolvimento da criança. A intensificação com que acontece o intercâmbio entre a família e a escola.
De acordo com Leviatã Hobbes II, (ibedem), João Paulo Monteiro etal, (1651, p. 203):
E, porque a primeira instrução das crianças depende do cuidado dos pais, é necessário que elas lhes obedeçam enquanto estão sob sua tutela, e não apenas isto, mas que também mais tarde (como a gratidão o exige) reconheçam os benefícios de sua educação através dos sinais externos de honra.

  Concomitante com Hobbes a educação informal da criança é responsabilidade dos pais, assim como a educação formal é da escola. Entretanto, seja a educação formal, bem como a educação informal somente irá acontecer de verdade se ambos os lados se identificarem como agentes formadores de cidadãos, sendo que nenhuns dos lados podem abdicar dos seus direitos e dos seus deveres em detrimento do outro.  Não existe nenhuma razão que justifique a renuncia de responsabilidades por ambas as partes envolvidas no processo educacional. Visto que a autoridade dos pais precisa estar vinculada a autoridade do (a)s educador (a)s.
  Os meios, assim como os instrumentos utilizados para educar uma criança depende do agente atuante em determinado momento, mesmo porque, a criança age de forma diferente quando esta em grupo do que quando esta sozinha. A ação é atenuada quando esta sozinha, quando em grupo a ação tende a se acentuar. Ainda que as causas e os motivos tornem evidente a razão pela qual a ação se concretizou. O (a) educador (a) tem a oportunidade de descobrir aspectos minuciosos, quando por ocasião da vivência coma diversidade de opiniões, esses aspectos não são visíveis, quando a criança esta sozinha com os pais e familiares.   

2 .2- FORMAÇÃO CONTINUADA DO (A) PROFESSORE (A)S
  Para adentrar na instituição de ensino regular a pessoa com Necessidade Educacional Especial está alicerçada no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bem como na Constituição Federal, (artigo53, Artigo 39. Seção II, inciso 2º, Constituição Federal, entretanto  a escola escolhida para receber este educando, bem como o profissional da educação estão preparado para recebê-lo?É o que se espera , entretanto não é o que acontece rotineiramente, seja ele(a) , professor(a), gestor(a), secretário(a)s e auxiliares de serviços gerais bem como o pessoal de apoio, há uma linha tênue. Quando por ocasião da necessidade de um (a) auxiliar de classe são colocados pessoas que estão iniciando a formação ou que estão esperando a aposentadoria  sendo  que estão ali somente para cumprir carga horária  de trabalho, no primeiro caso existe o medo de errar por parte deste profissional ou a desculpa de que não está preparado para lidar com a situação, enquanto que no segundo caso, já não se interessa mais pela carreira, tampouco esta disposto a se desgastar psicologicamente, deixando as responsabilidades a cargo da (o) professora (o)r regente da classe sobrecarregando o trabalho pedagógico.  (redação dada pela emenda constitucional nº19, de 1998) - 
                                                                                                                                                                                                                                                                                                       A união, os estados e o distrito federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira facultada, para isso, a celebração de convênios ou contrato entre os entes federados.
Configura, assim, que a formação continuada não esta somente a cargo do próprio profissional, mas também do Estado, assim como dos Municípios, visto que os agentes da educação são responsáveis pela permanência do educando na instituição escolar do ensino regular.
A reflexão de José Carlos Libânio (2004, p.227) indica que:
[...] é condição para a aprendizagem permanente e para o desenvolvimento pessoal, cultural e profissional de professores e especialistas. É na escola, no contexto de trabalho, que os professore (a)s enfrentam e resolvem problemas, elaboram e modificam procedimentos, criam e recriam estratégias de trabalho e, com isso vão promovendo mudanças pessoais e profissionais.
  Entretanto é pertinente abordar a necessidade de outros profissionais da instituição escolar, tais como: merendeiras, porteiros, auxiliares de serviços em geral, façam parte da formação continuada, principalmente quando se trata da relação com o educando com NEE (Necessidade Educacional Especial). Visto que, a formação continuada do profissional da unidade de ensino constitui uma condição que necessita ir além do educador (a), ate por que este educando dentro da unidade escolar é de responsabilidade de todos, não sendo somente do professor (a), porque ele não vai estar necessariamente somente dentro da sala de aula, ele (a) vai estar se possível em todo o espaço da escola.
Os conhecimentos técnicos e pedagógicos são pertinentes na identificação da necessidade educacional especial, até porque no momento de planejar a aula o (a) educador (a) precisa estar ciente da ação dentro da sala de aula.  Mesmo sabendo que nos 4 anais do I Simpósio Internacional de Estudos sobre a deficiência – SEDPcD / Diversistas/ USP- São Paulo. Depois de promulgada as Leis da ABNT NBR estão congregadas como parâmetro técnico a ser, obrigatoriamente, satisfatório e acatado:
II – colocar á disposição de professores, alunos, servidores e empregados portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida ajudas técnicas que permitam o acesso às atividades escolares e administrativas em igualdade de condições com as demais pessoas:
III - seu ordenamento interno contém normas sobre o tratamento a ser dispensado a professores, alunos servidores e empregados portadores de deficiência, com o objetivo coibir e reprimir qualquer tipo de discriminação, bem como as respectivas sanções pelo descumprimento dessas normas.
§2º As edificações de uso público e de uso coletivo referido no, já existente s, tem respectivamente, tem prazo de trinta (30) e quarenta e oito (48) meses, a contar da publicação deste Decreto, para garantir a acessibilidade de que trata este artigo (0BRASIL. 2004: 8).
  Não é o que acontece no dia a dia das escolas, apesar de no artigo II, garantir a ajuda técnica, os alunos são colocados na sala de aula sob a responsabilidade de professore (a)s e coordenadores, nem monitores (quando há na escola), nenhuma pessoa que não seja a professora (o) responsável pela turma a qual esta inserida aquela criança quer tomar conhecimento das responsabilidades para com a pessoa com deficiência, já no que se refere o artigo III, as normas são descumpridas diariamente e o profissional que resolver cumpri-las é hostilizado, e sofre sanções dentro da própria instituição.   
  Quanto ao artigo III, os logradouros, bem como as edificações de uso público, não estão respeitando devidamente a garantia à acessibilidade, não existe uma fiscalização adequada.
  Sendo que, as metodologias adotadas enfocam a coordenação dos afazeres , bem como o processo de ensino, assim como da aprendizagem, das caracteres prevalecentes contemplados no momento das intervenções pedagógicas.
  Até porque, a prática pedagógica tradicional é marcante na maioria dos trabalhos pedagógicos em sala de aula e dada as circunstancia que envolve a educação inclusiva a associação com metodologias pedagógica, como: trabalho em grupos homogêneos ou mistos, dentro e fora do ambiente da sala de aula, a distribuição das carteiras em circulo ou semi- circulo, bem como atividades que envolva a psicomotricidade, são elementos atrativos para o(a) educando(a). Visto que as atitudes e expectativas, na visão periférica da pessoa com necessidade educacional especial maximizam as limitações do profissional educacional envolvido no processo de atendimento especial.
3.1 - AUTISMO (TRANSTORNO DE DESENVOLVIMENTO)
  Segundo Dra. Evelin Vinocus, 50% dos fatores que contribuem para\ o desenvolvimento do autismo é genético, entretanto os outros 50% é provocado por fatores externos, influenciado pelo contexto social e cultural, no qual a criança esta inserida.
  Os principais sintomas do autismo é a agressividade, ansiedade, problemas de atenção, compulsões extremas, hiperatividade, impulsividade, irritabilidade, alterações de humor, surtos, dificuldades para dormir e ataques de raiva, não faz amigos, não participa de jogos interativos, prefere ficar sozinho, apresenta falta de empatia, manter os objetos bem arrumados e sequenciados, manter uma rotina ininterrupta, bater com um objeto no mesmo lugar e constantemente, problemas sociais de comunicação.
  Na existe um tratamento especifico para a pessoa com espectro autista, os medicamentos amenizam, mas não curam. Entretanto, o conhecimento dos sintomas aliado a atividades especiais, principalmente, atividades atrativas, através das quais a pessoa com NEE, mais gosta. A pessoa cuidadora, responsável pela pessoa com Espectro autista precisa manter o equilíbrio emocional, assim como a (o) professor (a). A observação diária é um grande aliado no direcionamento das atividades diárias.
  Dentro de uma sala de ensino regular , quando o educando persistir em reproduzir o mesmo movimento continuo significa que alguma coisa ou objeto , não esta dentro dos padrões que ele considera normal, perguntas não irão dar um bom resultado, é interessante interpretar os gestos, os olhares e com cuidado ir colocando tudo no devido lugar.
3.2 - DIAGNÓSTICO DO ESPECTRO AUTISTA
  O espectro autista é diagnosticado quando a criança apresenta no mínimo seis (6) dos sintomas específicos. É comum entre os educando com espectro autista revelar aptidão pela alfabetização em língua portuguesa, ou pela matemática, dificilmente seguirão as duas ao mesmo tempo. Diante das dificuldades ele se julga incapaz, por isso, acaba desistindo com muita facilidade. Daí, a necessidade da percepção minuciosa do (a) educador (a). Pois a pessoa com NEE, do Espectro Autista são habilidosos e inteligente em áreas especifica.
3.3 - BAIXA VISÃO/CEGUEIRA
  A baixa visão faz parte dos fatores que contribuem para as dificuldades de aprendizagem. Normalmente quando a criança adentra a escola sem apresentar supostamente, nenhuma dificuldade visual, até que se descubra que a dificuldade visual esta interferindo na aprendizagem, se perde muito tempo, principalmente quando a criança vem de um contexto social e cultural , menos beneficiado, não obstante a atenção dispensada a criança nas series iniciais do ensino regular de ensino não pode estar voltada somente na alfabetização e letramento, o descaso da criança em aprender, a roca de letras, a inversão de letras, desenhos distorcidos, dificuldades em direcionar objetos principalmente em jogos que exigem coordenação visomotora. Ao se colocar o educando em locais específicos da sala de aula, como: a frente, ou atrás e mesmo assim ele (a) continua sem se interessar pela escrita e pela leitura é sinal de algo não esta bem. A parceria entre: gestão escolar, coordenação pedagógica, psicopedagogo bem como o (a) educador (a) são importantes para a conscientização da família para fazer o encaminhamento da criança ao profissional especifico para o uso de lentes de correção (óculos). Enquanto que quando ocorre a perda total da visão, no enfoque educacional, o individuo necessita do acompanhamento de um profissional que o auxilie na aprendizagem. Como: leitura e escrita em Braille equipamentos especiais para alfabetização e letramento.
3.4 - DISLEXIA
  A Dislexia é uma alteração na aprendizagem da leitura pela dificuldade no reconhecimento entre os símbolos gráficos e os fonemas, assim como na transformação de signos escritos verbais intercalado com a dificuldade de aprender, podendo ser causado por lesão do sistema nervoso central, apresentada por pessoa que sabia ler. Confundindo-se com características de vários outros fatores que dificultam a aprendizagem, como:
ü  Déficit de atenção;
ü  Hiperatividade;
ü  Dispraxia;
ü  Discalculia;
ü  Disgrafia.
Visto que mesmo se assemelhando, não estão correlacionadas entre si.
Podendo ser classificada em:
Dislexia disfonética- dificuldade de percepção auditiva troca de fonemas e grafemas por outras similares;
Dislexia diseidética- dificuldade visual, bem como na percepção gestáltica;
Dislexia visual- deficiência na coordenação visomotora;
Dislexia auditiva- deficiência na percepção auditiva, memória auditiva e fonética que provoca uma dificuldade no processo do som das sílabas.
Segundo Jean Dubois (Ibeden), a dislexia é caracterizada pelo defeito de aprendizagem que não é caracterizada como doença, mas como um distúrbio do ensino e da aprendizagem.
Podendo ser classificada também, como: primaria ou genética, secundaria ou em desenvolvimento. 
Os sintomas mais visíveis:
óDesordem na leitura de palavras;
óDesordem na fluência de leitura;
óDesordem na compreensão da leitura;
óDesordem na expressão escrita;
óDesordem no cálculo matemático;
óDesordem na resolução de problema de matemática.
  Não é porque o educando apresente essas dificuldades que já se pode identificá-lo como dislexo é relevante observar todos esses sintomas, entretanto a prática pedagógica pode também ser marcante no desenvolvimento dessas dificuldades. É relevante que o professor (a) alfabetizador (a), tenha um olhar minucioso voltado para a criança que apresentar um desses sintomas, diversificando a metodologia, de modo que se observe se o sintoma desaparece ou se acentua ao passo que vai fazendo as avaliações através da observação e registro diário. 
3.5 - SURDOCEGUEIRA 
  A surdocegueira está ligada a pessoa com perda total da visão, bem como da audição, a melhor forma de se manter uma comunicação é com o contato físico. Na sala de aula do sistema regular de ensino a (o) professor (o) regente da classe precisa ser apoiado por um profissional habilitado, caso contrário não haverá aprendizagem significativa. A adaptação curricular bem como a arrumação do mobiliário faz parte do dia a dia da sala de aula que recebe uma pessoa com surdocegueira, assim como as relações interpessoais, sendo que a relação, educando/ educando/ professor (a)/ educando.
3.6 - DEFICIÊNCIA VISUAL
  Pode ser considerada, como: perda total o parcial do campo visual.
  O posicionamento na sala, a disposição do mobiliário e materiais, como: dados sonoros, bola de guizo, letras e palavras ampliadas, objetos concretos de modo que o (a) educando possa manuseá-los, todo o conteúdo deve ser tátil de modo que a pessoa com NEE possa visualizar com mais facilidade e possa manusear.
3.7 - DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS E ALTAS HABILIDADES
  O que Se constata na escola pública contraria todo o conjunto de intenções cientificas direcionada para a pessoa com NEE, a intencionalidade explicita uma perspectiva de resolução de problemas, entretanto se sabe que os sinais perceptíveis não são prova para sustentar a falta de habilidade. Muitos das inabilidades procedem do contexto em que a pessoa está inserida. Independente de quaisquer que sejam a deficiência o educador (a) precisa querer esta com ele (a) se deixar conduzir, emanar o desejo particular de compreendê-los para poder intercalar o conhecimento cientifico e as adaptações curriculares necessárias, despertar para o desenvolvimento das percepções e da inteligência individual, descentralizando os métodos prontos. Normalmente são as próprias pessoas com necessidade educacional especial quem direciona o professor (a) para a metodologia mais apropriada as suas Necessidades.
3.8 - DEFICIÊNCIA MENTAL
  A deficiência mental ao contrário do que se pensa não está imbricada a deficiência física, a não ser que existam casos isolados em que a pessoa com deficiência mental também possa ter deficiência física, entretanto ao se classificar a doença mental como sendo uma insuficiência, falta, falha, carência imperfeição associadas ao significado de deficiência justaposto ao conceito de mente ou intelecto. Visto que, segundo o dicionário da língua portuguesa Luft (2001, p.216), o termo deficiência se identifica tanto a mental, como a física, porém não significa que uma depende da outra. Por isso, que a pessoa com DM (Deficiência mental), requer cuidados especiais, porque se refere ao intelecto.
Vários fatores são causadores da deficiência intelectual, dentre eles Pode-se citar:
Fatores genéticos, (síndrome de Down, síndrome de Rett, doenças de tay-Sachs, etc.);
Perinatais; (antes e durante o parto);
  Pós natal: traumatismo craniano doenças infecciosas “meningite, síndrome do abandono, maltrato e desnutrição. Podendo se acrescentar presenciar acontecimentos traumáticos com pessoas a sua volta. Por isso que a relação entre o (a) educador (a) e a família é imprescindível, pois somente através do dialogo, se poderá encontrar uma metodologia que seja adequada. Segundo Benedictus Espinosa (1632-1637, P.83), É de notar que há necessariamente para cada coisa que existe uma causa determinada pela qual ela exista. Concomitante com o pressuposto teórico de Espinosa, nada acontece por acaso, ou seja, tudo tem uma contra proposta, visto que para a ciência não existe o absolutismo, deve-se envolver causa e conseqüência, bem como a cura e a prevenção, no caso da pedagogia: o paliativo: ou seja, não trata da conseqüência, porém, há meios para facilitar a aprendizagem da pessoa com NEE com DM. (Necessidade Educacional Especial com Deficiência Mental)

3.9 - TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH)
  A criança (TDAH), ou seja, transtorno de déficit de atenção está vinculado a fatores tanto genético como do contexto social no qual a criança está inserida, ou seja, pode ser orgânica ou ambiental causada por uma desorganização do sistema nervoso pode ser acompanhado por um neuropsiquiatra, sendo que este decidira se necessário o uso terapêutico medicamentoso.
 Nesse caso, especificamente é preciso uma maior articulação da práxis pedagógica, de modo a fazer com que a criança e/ou adolescente se sinta inserido na aula, como sendo parte dela. Ou seja, através da Ludicidade, ou ainda dependendo do nível de comprometimento, o apoio de outros profissionais, dentre eles: psicopedagogos, psicólogos, psiquiatras, bem o psicoterapeuta ocupacional.
  O profissional educacional que receber um educando com TDHD (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, precisa compreender que é preciso energia, disposição e muito boa vontade, a aula precisa ser dinâmica, envolvente. Uma sala com carteiras enfileiradas, uma metodologia tradicional não servirá de atrativo para essa criança, o trabalho lúdico em que se envolva a psicomotricidade, será o primeiro passo a ser seguido, entretanto não significa ser a metodologia mais viável, depende também do contexto vivenciado. Existe muita astúcia que supostamente são confundidos com os sintomas de TDHD. Daí a necessidades do apoio de outros profissionais, tanto da área da educação, como da área da saúde para chegar a um diagnóstico convincente que norteie a prática pedagógica.
3.10 -  EDUCAÇÃO ANTI- RACISTA
  A educação anti-racista é intrínseca a educação especial inclusiva e suas políticas públicas, visto que a desigualdade étnica e racial, no Brasil ainda é muito acentuada. A temática “História e cultura afro-brasileira” em especial nas áreas de Educação Literatura e História do Brasil.
  De acordo com a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003,que altera a Lei nº9.394,de 20 de dezembro de 1996( LDB) Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Incluir em todo currículo oficial da rede de ensino da temática. Entretanto, a resistência em abordar essa temática é grande, visto que esbarra na falta de informação sobre o vem a ser a política de Educação Inclusiva.
  De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico- Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro- Brasileiro e Africano (2003, p.19); Fortalecimento de identidades e de direitos
O principio deve orientar para:
- o desencadeamento de processo de afirmação de identidade, de historicidade negada ou distorcida;
-o rompimento com imagens negativas forjadas por diferentes meios de comunicação, contra os negros e povos indígenas;
- o esclarecimento a respeito de equívocos quanto a uma identidade humana universal;
- o combate à privação e violação de direitos;
- a ampliação do acesso a informação sobre a diversidade da nação brasileira e sobre a recriação das identidades, provocada por relações étnico-raciais;
-as excelentes condições de formação e de instrução que precisam ser oferecidas, nos diferentes níveis e modalidades de ensino, em todos os estabelecimentos, inclusive os localizados nas chamadas periferias urbanas e nas zonas rurais
  Não obstante , a pessoa com patologias cientifica , estão incluídos na Educação Especial Inclusiva todos aqueles que sutilmente vão excluindo, seja pela sociedade, ou pelas próprias escolas. A exclusão em muitos casos é feita sorrateiramente deixaram de mostrar que o negro foi escravo, que o índio viveu na mata, como se o índio não mais existisse , sendo ótimo para apresentação na culminância de projetos, entretanto quando por ocasião de apresentação de reis e rainhas coloca- se alguém branco porque é “mais bonito”. Diante dessas vivências é preocupante a disseminação de conceitos errôneos do que é incluir.   Até porque, os negros de origem africana também têm príncipes, princesas, réis e rainhas, assim como o índio também tem uma formação hierárquica na formação da sua sociedade.
4 - PRINCÍPIOS DE AVALIAÇÃO INCLUSIVA: ensino por competência x qualificação
  A avaliação da pessoa com NEE (necessidade Educacional Especial) precisa ser vista de forma diferenciada, bem como difundida entre as unidades de ensino formal para que se possa melhorar a progressão, bem como a qualificação, visto que ainda está atrelada a avaliação formal.
O conceito de qualificação, bem como das competências segundo Marise Nogueira Ramos (2001, p.135).
Diluem-se todas as expectativas de se olhar por outro viés, de se contestar o que parece instituído e único, de se efetivar a organização coletiva que transcenda aos ideais personalistas, subjetivistas e/ou produtivistas, mas que apontem no sentido da construção de projetos sociocoletivos emancipadores.
  Embora já se saiba que a avaliação da pessoa com NEE está consolidada em fatores diferenciados estando interligada informal e formalmente pela equipe  técnico- profissional pedagógico da unidade escolar, se transpondo para a educação geral exigindo cuidados especiais por parte do quadro pedagógico da instituição de ensino, visto que os saberes, bem como a prática possibilita o envolvimento entre o profissional é o educando(a).Sendo assim,  fazendo uma comparação  baseada em situações reais, a relação interpessoal bem como intrapessoal da comunidade escolar com a pessoa com NEE trás uma melhoria significativa para a qualidade do ensino, assim como da Aprendizagem.
Segundo Françoise Ropé, Lucie Tanguy (1997, p. 609). ”Se aceita uma  definição do saber - fazer operacional validado”. Entende-se que esses saberes podem ser aplicáveis ou não. A pessoa com Síndrome de Down, por exemplo: que vem de um contexto social em que a escola não é valorizada, como sendo transmissora do saber cientifico, pode adquirir um determinado saber e no outro dia, ou até mesmo horas depois esquecê-lo, visto que não há um interesse em absorver o conhecimento adquirido, esse fator não foi observado somente em crianças com SD (Síndrome Down), tampouco com NEE (Necessidade Educacional Especial),  mas também com crianças consideradas normais que vivem em um contexto social bem como cultural de dispersão provocado por fatores externos, Como: drogas consideradas lícitas e ilícitas.     Transpor essa lógica para o sistema de avaliação formal do sistema educacional estabelece, assim padrões de qualidade de avaliação para o (a) educando (a) com Necessidade Educacional Especial.   A resignação bem como a aceitação desse tipo de avaliação entre os profissionais da educação ainda não é bem assimilado. Conforme José e Coelho (2008, p. 206-207):
A escola é responsável pela avaliação informal da criança quando anota seus aspectos de saúde física e mental, de desenvolvimento intelectivo, social, os dados familiares, as doenças, as dificuldades nos diversos componentes curriculares, etc. É responsável também pela avaliação formal, realizada por exames médicos, dentários, psicológicos e fonoaudiológicos, testes de visão e audição, e pela observação sistemática dos órgãos de assistência à saúde do escolar.

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  Assim pode-se concluir que a instituição escolar precisa desenvolver métodos eficazes de avaliação que perpasse a avaliação que tenha o mero propósito de qualificar e quantificar.
Concomitante com os pressupostos teóricos de Blanco R. (2004 p. 296)

 [...] conhecer bem os alunos implica interação em comunicação intensas com eles, uma observação constante de seus processos de aprendizagem e uma revisão da resposta educativa que lhes é oferecida. “Esse conhecimento é um processo contínuo, que não se esgota no momento inicial de elaborar a programação anual”.
  Por isso é no contato, bem como na observação constante, que o educador (a) irá ter a dimensão de qual seja a necessidade do educando e qual a melhor metodologia a ser usada, assim como o tipo de avaliação mais adequado.
4.1 - ADEQUAÇÃO CURRICULAR DE PEQUENO E GRANDE PORTE: aportes na educação especial inclusiva 
  Adaptação é o ato de se adaptar- processo de interação progressiva de algo ou alguém, sendo o mesmo que tornar ou ficar apto, ou seja, acomodar-se,ou apropriar-se devido a existência de modificações no processo educacional, essencial no âmbito curricular.
  De acordo com o Documento denominado  Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN Adaptações Curriculares em ação, elaborado pela  Secretaria de Educação Especial, do Ministério da Educação, publicado originalmente em 1999 e reeditado em 2002.

As adaptações curriculares devem ser entendidas como um processo a ser realizado em três níveis: no projeto político pedagógico da escola, por meio do qual é possível identificar e analisara dificuldades enfrentadas pela escola assim como estabelecer objetivos e metas comuns aos gestores, professores, funcionários da escola, familiares e alunos; no currículo desenvolvido em sala de aula; no nível individual, por meio da elaboração e implementação do Programa Educacional Individualizado (PEI).

  Percebe-se então, que o educando e a instituição escolar devem se aprimorar para alcançar a eficiência da educação, a partir da interatividade entre pares.
a adequação curricular ora sugerida busca auxiliar a prática docente propondo adulterações a serem desencadeadas na definição o dos objetivos, no tratamento e desenvolvimento dos conteúdos, no transcorrer de todo processo avaliativo, na temporalidade e na organização  da práxis   pedagógica com a finalidade de beneficiar a aprendizagem do educando.
Até porque a adaptação curricular tem em vista aperfeiçoar a participação da pessoa com Necessidade Educacional Especial (NEE) nas atividades, isto porque a escola inclusiva está atendendo a uma população cada vez mais diversificada.
   Segundo a classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e saúde (SIF). A inclusão escolar compõe, por conseguinte, um parecer politicamente correto que concebe valores emblemáticos admiráveis, harmônicos com a igualdade de direitos e de oportunidades educacionais para todos, em uma atmosfera educacional adequado. o uma perspectiva a ser pesquisada e experimentada na realidade brasileira, reconhecidamente ampla e diversificada A maioria das instituições educacionais ainda  estão fundamentadas na compreensão do médico, do  psicopedagogo para com o atendimento  do educando(a) com necessidades especiais. Enfoca a deficiência como condição particular e tornar mínimo a acuidade do fator social, da origem e manutenção do estigma que cerca essa população distinta. Esse espectro  esta encadeado de expectativas massificadas de desempenho escolar dos alunos, sem flexibilidade curricular que contemple as diferenças individuais a prática de ensino bem como da aprendizagem.
   Constatou-se que as instituições de ensino buscam alternativas exclusivamente especializadas, ou seja, tem dificultado, para os alunos com necessidades educacionais especiais, propondo situações comuns propostas para os demais alunos. No entanto a visão atual requer mudanças que enseje o acesso, bem como a permanência, contemplando as suas necessidades , assim como as suas potencialidades , requerendo o aprimoramento permanente, tanto do educador (a), como do educando, visto que a diversidade parte de decorrências sociais, culturais, assim como econômicas.
  Dentre essas decorrências se destaca segundo as Estratégias para a Educação de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais (P.22)

Crianças com condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais e sensoriais
Diferenciadas;
Crianças com deficiência e bem dotadas;
Crianças trabalhadoras ou que vivem nas ruas;
Crianças de populações distantes ou nômades;
Crianças de minorias linguisticas, Étnicas ou culturais;
Crianças de grupos desfavorecidos ou marginalizados.

  Isso significa que as alterações no currículo são elementos básicos na funcionalidade de uma escola inclusiva.
Segundo Manjon, etal op. cit., 1995, p. 89 Adequações Curriculares Significativas; correspondem as modificações que tanto a comunidade escolar , como o corpo docente precisa inserir  no projeto pedagógico.
Elementos curriculares modalidades adaptativas;
Objetivos;
Eliminação de objetivos básicos;
Introdução de objetivos específicos, complementares e/ou alternativos;
Conteúdos;
Eliminação de conteúdos básicos do currículo;
Metodologia e Organização Didática;
Introdução de métodos e procedimentos complementares e/ou alternativos de ensino e aprendizagem;
Organização;
Introdução de recursos específicos de acesso ao currículo;
Avaliação;
Introdução de critérios específicos de avaliação;
Eliminação de critérios gerais de avaliação;
Adaptação de critérios regulares de avaliação;
Modificação dos critérios de promoção;
Temporalidade;
Prolongamento de um ano ou mais de permanência do aluno na mesma série; ou no ciclo (retenção);



4.2- POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA;
  Segundo a Eca Estatuto da Criança e do Adolescente, art. 55- os pais ou responsáveis tem a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
A Lei 10.172, de 2001, aprova o plano Nacional de Educação que estabelece vinte e oito objetivos e metas para a educação das pessoas com necessidade s educacionais especiais.
I - Direito de ser respeitado pelos educadores;
III- direito de contestar critérios avaliativos podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
A verdade é que o ser humano deve pensar que as políticas públicas é um marco na inclusão, mas não resolve todos os problemas, visto que para se atuar em uma sala de aula com crianças especiais é preciso ter compromisso com a educação, visto que mesmo diante de todas as leis existente ainda é comum ver essas crianças sendo colocada em sala como forma de punir profissionais.
4.3 - GESTÃO ESCOLAR: APORTES NAS ADEQUAÇÕES CURRICULARES INCLUSIVAS
  Adaptação pode ser interpretada como flexibilização, uma vez que pressupõe a existência de alterações e/ou modificações no processo educacional, essencialmente no âmbito curricular. Para isso o currículo necessita de adaptações.
De acordo com o Documento denominado Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN Adaptações Curriculares em ação, elaborado pela Secretaria de Educação Especial, do Ministério da Educação, publicado originalmente em 1999 e reeditado em 2002.

 As adaptações curriculares devem ser entendidas como um processo a ser realizado em três níveis: no projeto político pedagógico da escola, por meio do qual é possível identificar e analisaras dificuldades enfrentadas pela escola assim como estabelecer objetivos e metas comuns aos gestores, professores, funcionários da escola, familiares e alunos; no currículo desenvolvido em sala de aula; no nível individual, por meio da elaboração e implementação do Programa Educacional Individualizado (PEI).

Cabe a gestão escolar apoiar o uso de materiais de ensino bem como da aprendizagem de uso comum;
Providenciar softwares; materiais desportivos adaptados;
Instrumentos de avaliação,bem como de ensino e de aprendizagem ;
Quina de Braille, reglete e soroban, lupas;
Recursos ópticos;
Apoio físico para facilitar a mobilidade;
Tabuleiros de comunicação;
Adaptações do edifício escolar: rampa deslizante, elevador banheiro, pátio de recreio, barras de apoio, alargamento de portas;
Mobiliário: cadeiras, mesas e carteiras;
Remoção de barreiras arquitetônicas;
Materiais de apoio pedagógico: tesoura, ponteiras, assim como atelier e laboratório;
O apoio da gestão escolar no processo de ensino e de aprendizagem do (a)s educando (a) com necessidades educacionais especiais viabilizam a práxis pedagógica em sala de aula oportunizando o acesso a bens e serviços disponíveis acompanhados de critérios de avaliação que oportunize a natureza individual e coletiva.
   A articulação entre os recursos, o projeto pedagógico, assim das estratégias promove o interesse particular das diferentes necessidades educacionais, assim como a interação educando/ professor/ gestão e vice versa. Levando-se em conta que algumas dessas crianças ou adolescentes, não alcançaram os objetivos propostos, entretanto não significa que o elemento de apoio pode ser descartado, visto que cada ser em desenvolvimento tem o tempo certo para despertar os seus conhecimentos por isso, a junção de apoio técnico, como: apoio de colegas, monitores, orientadores pedagógicos e clínicos, professores itinerante, coordenação pedagógica, bem como as decisões deliberantes, políticas legais bem como administrativas são decisivas nas diversas modalidades de inclusão da pessoa com necessidade educacional especial.
Entretanto, a maioria dos gestores escolares não viabiliza o acesso a bens, bem como de materiais que possam facilitar o trabalho do educador. Em muitos casos o profissional tem que trabalhar apenas com piloto e lousa, dependendo de recursos próprios para não deixar a criança isolada no fundo da sala.

 CONCLUSÃO
Conhecer as leis e suas características, bem como suas implicações nos aspectos socioeducativos, assim como valorizar a pluralidade posicionando-se contra ou a favor de discriminação baseados nas diferenças requer autoconhecimento, bem como conhecimento do outro instigando intenções básicas, cuja premissa é a motivação, o interesse, bem como a participação. A realidade formulada para resolver problemas relacionados à educação inclusiva está relacionada também a capacidade de análise, selecionando procedimentos, bem como verificando a sua adequação.
Segundo Jean Piaget (1969 p. 6)
Duas convicções cada vez mais profundas se me impuseram nestes começos de ensino. Uma é que intervém uma espécie de desonestidade intelectual afirmar o que quer que seja em um domínio decorrente dos fatos, sem um controle metódico verificável Por cada um, ou nos domínio formais, sem um controle logístico. A outra é que a mais clara separação deve ser introduzida sem cessar entre o que provém da improvisação pessoal, da verdade de escola ou de tudo o que está centrado sobre o eu ou um grupo restrito, e os domínios nos quais é possível um acordo dos espíritos, independentes das crenças metafísicas ou de ideologias.
  Posicionar-se socialmente constrói dimensões progressivas de identidade pessoal e das pertinências que envolvem tanto a criança como o adolescente. Visto que, o processo de aprendizagem é lendo e gradativo, até porque os resultados só são visíveis em longo prazo, nesse sentido, a função do (a) professor (a) é auxiliar, ou seja, obstante as dificuldades refletir sobre a práxis no cotidiano escolar, com base nas diferenças intelectuais, visto que a pratica diária está entre ser excludente ou inclusiva. Sendo que a principal questão é: ter em mente que a leitura alfabética é complexa e determinados atos leva o educando (a) tendem a criar hábitos nas crianças que dificultarão a aprendizagem, independente de quaisquer que seja a necessidade educacional.
  O mais respeitável é não fazer comparações, pois não se trata de estabelecer um padrão único de metodologia, mas estabelecer um padrão comum de ações que viabilize a atuação dos profissionais da instituição escolar que se digna a estabelecer padrões inclusivos de todas as maneiras, sendo necessário amadurecer a ideia de que todas as pessoas são diferentes e aprendem em tempos diferentes, adotam meios próprios de aprendizagem, sendo que as diferentes estratégias educativas democratizam o ensino e promove a inclusão, visto que não existe um aluno padrão, nem um modelo de escola que viabilize a separação. O principio de homogeneização tende a segregar, ou seja, hostilizar tendo como conseqüência a exclusão.
  Ao se propor receber uma criança com NEE (Necessidade Educacional Especial), se faz necessário incluir a ideia de que o primeiro contato é um momento delicado que merece atenção diferenciada, dos diferentes apropriações do espaço social, outro ponto significante diz respeito às condições de vida da criança. Propõe-se que a anamnese, seja realizada com o cuidador (a), no momento da realização da matricula na instituição de ensino regular, seja ela, pública ou privada, com um único propósito de preparar o educador, de modo que o primeiro contato aconteça naturalmente sem surpresas.
   Sendo assim, a escola poderá oferecer maior aconchego e conforto para a família , assim como para a criança, do mesmo modo o professor (a) não irá ter nenhum pasmo, visto que o educador (a) recebe de surpresa, sem nada para as boas vindas e ainda se depara com as caras e bocas advindas da comunidade escolar, dando a entender que é um “castigo”, enquanto que o profissional capacitado entende que recebê-las é mais um aprendizado sobre o que é viver. Até porque as crianças criam e recriam jeitos próprios de lidar com o mundo bem como as diferenças e suas alusões.
   Entretanto, um tempo de encontro entre o (a) professor (a) e a família são primordiais para entender as relações intrínsecas as relações interpessoais, bem como a relação da criança com o seu cuidador.





11 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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